O quarto do alérgico tem que ser diferente?

Foto de Dra. Juliana Salim G. Freitas
Dra. Juliana Salim G. Freitas

O quarto do paciente alérgico requer sim alguns cuidados extras para diminuir ao máximo o acúmulo de ácaros e poeiras, que são os principais vilões para os indivíduos com alergia. Segundo o Ministério da Saúde, 35% da população mundial sofre de doenças alérgicas respiratórias, a mais prevalente é a rinite alérgica, que tem como principais sintomas a obstrução nasal, a coriza, o prurido (coceira) e espirros, além de coceira nos olhos, garganta e ouvidos.

Essas alergias ocorrem quando os anticorpos reagem de forma exagerada ao contato com algumas substâncias. Alguns exemplos são os ácaros, encontrados na poeira doméstica. Ficamos 1/3 da vida dentro do quarto e por isso temos que torna-lo o mais adequado possível. O quarto precisa ser o mais simples possível, sem muitos objetos que contribuam para o acúmulo de poeira, situação ideal para o maior vilão entre as alergias: o ácaro.

Sendo assim, para o melhor controle das alergias respiratórias é necessário que algumas medidas sejam adotadas no quarto do alérgico:

– Esse quarto deve ser arejado, ventilado;
– Deve-se evitar tapete, carpetes, bichos de pelúcia, almofadas;
– Cortinas com material sintético, que facilitam a higienização,
– Dar preferência ao pano úmido ao invés da vassoura, e a materiais de limpeza sem cheiro forte, usar aspiradores de pó com filtros especiais (HEPA) pelo menos 02 vezes na semana;

– Trocar roupa de cama com frequência – A pessoas alérgica não deve estar na casa enquanto se faz a limpeza;
– A orientação da ASBAI(sociedade brasileira de alergia e imunologia) o ideal é que colchões e travesseiros sejam trocados a cada 2 anos, tendo em vista que são fonte de moradia de ácaros
– Muito importante é o uso das capas antiácaros nos colchoes e nos travesseiros.

Esperamos com essas dicas ajudar na melhora do quarto do alérgico. Um dos pilares do tratamento das alergias respiratórias é um bom controle ambiental, com essas dicas podemos diminuir as ameaças desses vilões invisíveis.

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Dra. Juliana Salim G. Freitas

Médica. Especialista em Alergia e Imunologia pela USP, membro titular da ASBAI (Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia). Pediatra, membro titular da da Sociedade Brasileira de Pediatria. Professora universitária e membro da diretoria da ASBAI-ES. @drajulianasalim