Prevenção cardiovascular na mulher , tem diferença?

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Dra. Tatiane Mascarenhas Santiago Emerich

A doença cardiovascular é a principal causa de morte no mundo tanto para homens como para mulheres. Mas as mulheres acabam sendo mais subdiagnosticadas e consequentemente menos tratadas efetivamente do que os homens.

Um dos desafios é o reconhecimento dos sinais que levam a suspeita de um infarto em mulheres. Muitas vezes, ele não se manifesta com aquela dor no peito típica, em aperto ou queimação que é desencadeada por esforço e melhora no repouso. Os sintomas podem ser atípicos: fadiga, falta de ar, dor de estômago, náuseas, dor na região cervical, na mandíbula, nos braços ou nas costas, tontura.

Dessa forma, tanto a mulher quanto o médico assistente pode não valorizar e não investigar, perdendo tempo para o diagnóstico e tratamento, tempo esse que é crucial para o coração. Muitas vezes o quadro pode ser confundido com ansiedade, síndrome do pânico.

A mulher além dos fatores de risco habituais, conhecidos para ambos os sexos como hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo, ela ainda apresenta os fatores de risco adicionais relacionados ao sexo feminino como a história gestacional e comorbidades além da menopausa.

A menopausa encerra com o efeito protetor do estrogênio, por isso as doenças cardiovasculares nas mulheres acabam começando em média uma década mais tarde do que nos homens.

Não ignorar sintomas e procurar atendimento médico o mais breve possível, manter um estilo de vida saudável e realizar Check-up regular principalmente após a menopausa.

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Dra. Tatiane Mascarenhas Santiago Emerich

Médica pela Escola de Medicina da Santa Casa de Vitória. Residência em Clínica médica pela Santa Casa de São Paulo. Residência em cardiologia e ecocardiografia pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia de São Paulo. Titulo de especialista em cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia. Título em área de atuação em Ecocaridografia pelo Departamento de Imagem Cardiovascular - SBC. Presidente da SBC ES 2020/21. Caridologista e Ecocardiografista do Centrocor e CDC. @tatianeemerich