Tabagismo: sua vida em risco por mais um “traguinho”

Foto de Dra. Tatiane Mascarenhas Santiago Emerich
Dra. Tatiane Mascarenhas Santiago Emerich

Uma aparência moderna, tecnológica e atrativa, com uma infinidade de aromas e sabores, os cigarros eletrônicos, também chamados de vaporizadores, estão ganhando cada vez mais espaço entre os jovens e aumentando o debate sobre o tabagismo. Há uma falsa ideia de que estes dispositivos não são tão prejudiciais quanto o tabaco tradicional. Entretanto, segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), eles não são seguros e possuem substâncias tóxicas (como glicerina, formaldeído, metais pesados, etc.) além da nicotina, mascarando os efeitos danosos. O cigarro eletrônico pode causar doenças respiratórias, cardiovasculares, de pele e câncer.

A criação de ambientes exclusivos para fumantes (ou a proibição de fumar) em restaurantes e empresas, por exemplo, foi importante para proteger o não-fumante do tabagismo passivo. Mas isso não acontece com os cigarros eletrônicos, que passaram a ser socialmente aceitáveis em diversos ambientes. A fumaça do tabaco contém mais de 7 mil compostos e substâncias químicas. Pelo menos 69 desses produtos provocam câncer. O monóxido de carbono dificulta a oxigenação do sangue e causa doenças como a arteriosclerose. O alcatrão é, na verdade, um composto de mais de 40 substâncias comprovadamente cancerígenas.

O tabagismo também pode causar tumores na boca, em língua, na laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rins, bexiga e colo de útero. Além disso, o hábito de fumar representa um dos principais fatores de risco envolvidos na prevalência, extensão e severidade da doença periodontal (doença que agride as gengivas e o osso que estão ao redor dos dentes). As ações educativas, legislativas e econômicas desenvolvidas no país vêm gerando uma diminuição da aceitação social do tabagismo, fazendo com que um número crescente de pessoas queira parar de fumar, evidenciando a importância de priorizar o tratamento do fumante como uma estratégia fundamental no controle do tabagismo.

O INCA é o responsável pelo Programa Nacional de Controle do Tabagismo e pela articulação da rede de tratamento do tabagismo no SUS e, desde 1989, desenvolve ações voltadas para o tratamento do tabagismo. Aqui no Estado, o tratamento ao fumante é ofertado em 59 municípios capixabas, por meio de uma equipe multidisciplinar. O paciente que procura a unidade de saúde municipal participa das sessões em grupo e dependendo do grau de dependência é disponibilizada a medicação.

Muitos fumantes ignoram as advertências do Ministério da Saúde e de diversos profissionais da área. Mas não tem jeito! É vital continuar alertando sobre os malefícios do hábito de fumar quando pensamos em Prevenção da saúde!

 

Informações úteis para quem deseja tratamento:

Disque Saúde 136 ou acesse: https://saude.es.gov.br/tabagismo

 

Em VITÓRIA procure a Gerência de Atenção à Saúde – Secretaria Municipal de Saúde Avenida Marechal Mascarenhas de Moraes, 1185 – Forte São João – Horário de atendimento: 07h30 a 13h30.

Telefones: (27) 32224160

E-mail: [email protected] / [email protected]

 

Grupo de Apoio ao Tabagismo (GAT): o Centro de Tratamento e Pesquisa do Hospital do Câncer A.C. Camargo – São Paulo foi criado em 1997. É o primeiro serviço de prevenção e tratamento do tabagismo oferecido a pacientes em um centro oncológico.

Telefone: (11) 2189-5000

Foto de Dra. Tatiane Mascarenhas Santiago Emerich

Dra. Tatiane Mascarenhas Santiago Emerich

Médica pela Escola de Medicina da Santa Casa de Vitória. Residência em Clínica médica pela Santa Casa de São Paulo. Residência em cardiologia e ecocardiografia pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia de São Paulo. Titulo de especialista em cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia. Título em área de atuação em Ecocaridografia pelo Departamento de Imagem Cardiovascular - SBC. Presidente da SBC ES 2020/21. Caridologista e Ecocardiografista do Centrocor e CDC. @tatianeemerich