PROJETO 5S – a natureza e profundidade do tema

Segundo Wagner Matias, quando o príncipe Naruhito, herdeiro da coroa japonesa, esteve no Brasil, teve momentos de descontração bem ao nosso estilo. Era de se esperar. Afinal, depois de 100 anos de convivência, os dois povos já se entendem, apesar da distância geográfica e da diferenças de idioma, cultura,  modo de viver e trabalhar.

Se as diferenças começam a endurecer a vida, é preciso descobrir um jeitinho de adaptar o que é muito estranho. Não estou falando só do Brasil. Os japoneses deram um jeitinho nas linhas de montagem de veículos, importadas dos Estados Unidos, revolucionando a indústria. Também aperfeiçoaram o sistema para qualidade americano. Tanto que, quando veio para o Brasil, aqui ficou conhecido como “qualidade no estilo japonês”. Do Japão, saiu também o 5S. Levado para os Estados Unidos continuou fabril, conforme no país de origem.

Porém, o que poderia acontecer com o 5S nos trópicos brasileiros? Temos variada mistura de raças e de costumes. Também somos, ao mesmo tempo, trabalhadores e gente de família, de amizade, música, samba, futebol, chuva e sol no ano todo. A vida fervilha nesta imensidão. No verde e, por dentro, no vermelho de sangue e calor  (Brasil significa brasa).

No meio de tudo isso, o 5S foi entendido como muito parecido com o princípio da vida. Está em cada célula de cada ser vivo. Assim pode ser praticado em qualquer lugar, por qualquer pessoa.

Aí vem a pergunta: se o 5S é tão natural, por que deve se ensinado?

Porque, nesta alegria de viver, o brasileiro está se descuidando, desmatando, desperdiçando e poluindo demais. Precisa observar como seu corpo se cuida, aprender com o seu corpo para cuidar do grande ecossistema de que faz parte.

Não custa lembrar os 5Sensos: Descarte ou Utilização, Ordem ou Organização, Limpeza, Higiene ou Saúde e Autodisciplina. Experimente!

Para refletir: “Você só tem pouco tempo para dedicar ao seu trabalho e à sua vida pessoal. Pense seriamente no que você acha que vale a pena, que não vale a pena, e que diferença tudo isso faz. Vivemos numa sociedade que se foca no superficial. Ninguém se aprofunda em nada. O resultado é que não estamos tomando as melhores decisões nas áreas que mais nos importam”. Thomas H. Davenport, membro do Institute for Higher Performance Business da Accenture.

Fonte: Wagner Matias de Andrade – Comunicador social e especialista em pedagogia empresarial.

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