Maio 2021
5
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

Maio 2021
5
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

Solução para desburocratizar exportação dos produtores rurais capixabas

O produtor brasileiro ainda vê o mercado externo como um desafio difícil de ser alcançado. Muitos ainda não exportam porque ainda falta adequar suas propriedades e sua produção às exigências do comércio exterior que exige muitas garantias de qualidade e adoção de protocolos. No processo de exportação, exige-se sempre uma certificação ou formalidade por parte do produtor a adoção de boas práticas agrícolas. Isso envolve mudanças e adaptações significativas no seu sistema de gestão, relação com o meio ambiente e trabalhistas, processos de pós-colheita, acondicionamento, dentre outras.

Empresas que nunca passaram por esse movimento têm várias dúvidas em relação à comercialização internacional e o processo burocrático. Foi pensando nisso, e para facilitar o acesso ao comércio internacional, que a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento do Espírito Santo (Sedes) e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), aplicou o Programa de Qualificação para Exportação, também no Espírito Santo.

O programa oferece às empresas, de forma gratuita, orientação técnica sobre as melhorias que a organização deve implementar para comercializar produtos e serviços no mercado internacional. “Ao final do programa os empresários receberam um plano de exportação, que indicará as melhores estratégias disponíveis para acessar os mercados mais indicados para seu segmento” afirma Daniel Sardenberg, técnico extensionista do PEIEX-ES.

Como meta do projeto, está prevista a qualificação de 200 empreendimentos capixabas, com polos de atendimento na região norte e sul do estado, que possibilitaram, na edição 2020, aumentar a quantidade de auxiliados. Como exemplo, Sardenberg, é responsável pela região norte e tem 50% de sua cartela de empresas atendidas, sendo elas do segmento do agronegócio (dentro e fora da porteira).

Exemplo positivo vem do interior do estado

Uma das instituições atendidas por Sardenberg é a Rio Doces Nuts, que iniciou suas atividades 2000, em Linhares/ES, com o processamento de Noz Macadâmia, distribuição e empacotamento de castanhas, amendoins e o mix de amêndoas. Atualmente, atende todo território nacional e brevemente atenderá a demanda no exterior. “Empresas de pequeno e médio porte enfrentam ainda muitos desafios na hora de exportar no Brasil, pois ainda é um processo muito burocrático e custoso. Ter o apoio de um programa como o da PEIEX nos auxiliou a enxergar oportunidades de mercado e participar de rodadas de negócios para entender a demanda do mercado externo” afirma Saulo Fiorot, sócio da empresa.

Segundo dados da Associação Brasileira de Noz Macadâmia (ABM), aproximadamente, 71% de todas as nozes processadas no Brasil foram vendidas ao mercado americano nos últimos três anos, incluindo 2020, tem procedência capixaba. Especificamente em 2019, o estado foi responsável por 62% dos envios aos norte-americanos. Além disso, percebe-se uma tendência de crescimento, uma vez que esses foram os maiores números de comercialização de macadâmia para os EUA no último triênio.

Veja também

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

Pular para a barra de ferramentas