Ao longo dos últimos anos, o agronegócio no Espírito Santo sofreu com alguns desastres naturais que prejudicaram o rendimento no setor. Dois exemplos recentes são a crise hídrica entre os anos de 2015 e 2017, e as enchentes no início de 2020 que atingiram municípios como Vargem Alta, Iconha e Alfredo Chaves, por exemplo. Apenas no ano passado, estima-se que o prejuízo causado por esse fenômeno foi de aproximadamente R$ 88 milhões de acordo com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).
Nesse sentido, os empreendedores do campo buscam inovações para amenizar o impacto desses desastres naturais, mas agora também devem contar com um fundo operacionalizado pelo Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), para se proteger de tais circunstâncias.
O Fundo de Apoio Rural (FAR) irá amparar produtores rurais de cidades atingidas por desastres naturais e intempéries climáticas, garantindo acesso a linhas especiais de financiamento. A lei que deu origem a medida foi publicada no Diário Oficial do Estado na última quinta-feira (27) e agora depende de regulamentação específica.
De acordo com o site oficial do banco, o intuito do FAR é facilitar a concessão de crédito a pessoas físicas ou jurídicas que atuam no agronegócio e, por lidar com atividades que dependem diretamente de efeitos climáticos, podem sofrer perdas repentinas ocasionadas por fatos excepcionais, como no caso das enchentes. Dessa forma, o principal requisito é a comprovação de propriedade rural em município atingidos por esses fenômenos, declarada por autoridade municipal, estadual ou por laudo técnico emitido por autoridade competente.
Nos últimos anos, o grau de planejamento e melhoria da gestão no campo tem se tornado cada vez mais importante. Mesmo assim, nem sempre é possível prever e se preparar para qualquer situação, principalmente em casos de desastres naturais. Nesse sentido, há sempre um grau de risco e de incerteza no agronegócio.
Assim, o FAR deve contribuir para auxiliar produtores a controlarem impactos e se recuperarem de fenômenos como esses, algo que impacta diretamente na geração de empregos e renda em 80% dos municípios capixabas em que a atividade é a predominante.
Por fim, vale destacar que o fundo terá em sua composição recursos do orçamento público estadual, transferências de recursos federais ou municipais voltados para situações emergenciais e haverá também a possibilidade de doações ou convênios.
A Agro Business seguirá acompanhando a regularização, andamento e execução do FAR.
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