Maio 2021
14
Ana Porto
FINANÇAS DE A A Z

porAna Porto

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Ana Porto
FINANÇAS DE A A Z

porAna Porto

O que é o Open Banking?

Na tradução literal, Open Banking significa “banco ou sistema bancário aberto”, que consiste em um compartilhamento de informações dos clientes entre diferentes instituições por meio de integração de sistemas. Para que isso ocorra, deve haver consentimento do usuário. Atualmente essas informações são “fechadas”, ou seja, uma instituição não consegue ter acesso aos dados e relacionamento de um cliente com outra instituição.

De maneira prática, isso irá gerar um ambiente mais competitivo, pois de posse dessas informações,  cada instituição participante poderá fazer ofertas de produtos e serviços para clientes de seus concorrentes, o que de certa forma será benéfico para o consumidor, que poderá ter acesso a tarifas mais baixas e condições mais vantajosas.

Imagine que você seja um bom pagador que sempre honrou com seus compromissos. Mas nessa pandemia, com perda de renda e emprego, está quase entrando em cheque especial para pagar suas despesas. Por meio desse novo sistema, outras instituições, além da que já te atende, podem oferecer crédito mais barato e acessível.

Vale lembrar que o Open Banking não é exclusivo do Brasil. O Reino Unido, por exemplo, adotou o sistema em 2018 e outros países como Austrália, Índia, Estados Unidos, Canadá e Rússia já estudam ou estão em fase de implementação. No fim das contas, o objetivo do Open Banking é aumentar a concorrência e acessibilidade a diferentes produtos de instituições distintas, partindo da ideia de que os dados pessoais são propriedade dos clientes e não dos bancos.

Quem irá participar?

Em suma, todas as instituições financeiras que estão sob regulação do Banco Central podem participar, mas existem algumas particularidades. Aquelas classificadas como S1 e S2, isto é, instituições que possuem porte igual ou superior a 10% do PIB ou que tenham atividade internacional relevante; e de porte entre 1% e 10% do PIB, respectivamente, serão obrigadas a participar. Em termos práticos, elas são: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica, Itaú, Santander, BNDES, Citibank e Credit Suisse, principalmente.

Por outro lado, as fintechs, por exemplo, podem aderir voluntariamente, mas a tendência é que instituições de portes menores e startups participem desses sistema, com o objetivo de oferecer seus diferenciais aos clientes dos grandes bancos e ganhar espaço no mercado.

Outras ferramentas que auxiliam na praticidade 

Além do Open Banking, o Banco Central lançou, no ano passado, o PIX. A nova ferramenta conta com a simplicidade de usar apenas o e-mail, número de um celular ou uma chave específica para transferir dinheiro sem precisar recorrer a conta, agência, CPF, nome completo e todos os outros dados exigidos hoje.

Nessa lógica, apesar do longo caminho a percorrer para desconcentrar e simplificar o sistema bancário brasileiro, algumas medidas começam a seguir essa direção, permitindo maior acessibilidade aos serviços desse mercado por grande parte dos brasileiros. Isso favorece a inclusão e educação financeiras da população.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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