Nesta semana, mais de 100 balanços do segundo trimestre de empresas listadas em bolsa são divulgados. O BTG Pactual é uma delas, que divulgou seus resultados ontem (10), superando as expectativas do mercado.
O maior banco de investimentos da América Latina reportou o maior lucro líquido ajustado desde seu IPO que ocorreu há cerca de 10 anos, em R$ 1,7 bilhão.
Na véspera da divulgação (09), as units do banco (BPAC11) disparam praticamente 4%, na expectativa dos resultados, e iniciaram o pregão de hoje em alta, mas corrigiram após a abertura, finalizando o dia em queda de 0,67%.
O lucro líquido avançou 74% em relação ao mesmo período de 2020. O retorno ajustado sobre o patrimônio líquido (ROAE) foi de 21,6% no trimestre. Já a receita líquida ficou em R$ 3,771 bilhões no período, em patamar 52% superior em relação ao ano anterior. O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, que não conta com itens não recorrentes, foi de R$ 2,298 bilhões.
E, por fim, o índice de Basileia do BTG ficou em 17,3%, o que é muito positivo na comparação com o restante do setor, demonstrando o menor risco atrelado ao banco. Isso porque o índice de basileia mede a solvência de determinada instituição financeira, por meio da divisão entre o valor que o banco possui e o que ele deve para outras entidades e pessoas.
Os resultados fortes ocorreram em todas as áreas de negócio do banco.
Os recursos de terceiros sob gestão e administração subiu 77%, para R$ 880 bilhões. Já o portfólio de crédito corporativo e PME teve alta de 51%. E a área de investment banking multiplicou por mais de três vezes a receita, chegando a um faturamento de R$ 685 milhões. A receita de Sales & Trading, área que auxilia clientes em operações de renda variável, seguindo recomendações dos analistas, teve um avanço de 23% na receita em relação ao ano anterior.
Assim, o banco vem ganhando espaço no segmento de investimentos com a evolução do processo de financial deepening no Brasil, o que auxiliou nos resultados.
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