Basquete: uma paixão de pai para filho

Alessandro Casé é uma estrela do basquete capixaba. Aos 44 anos o gigante de 2,03 metros tem na bagagem muita história e uma coleção de títulos no basquete tradicional e também pela seleção brasileira máster 3×3. Só por essa modalidade, Casé foi campeão Pan-Americano e Mundial. Além dos muitos títulos, o maior legado que o atleta promete deixar, vem do amor incondicional de pai para filho e uma paixão em comum: o esporte.

Casé é guerreiro dentro e fora das quadras. Ele divide seu tempo entre o trabalho como servidor púbico, seleção brasileira máster 3×3, seu projeto social e os ensinamentos para o filho Andrew, o Big Drew.

Trajetória do Casé

Nascido na capital ele começou a jogar basquete na escola com o professor Saudino. Apesar da forte influência no voleibol, que sempre foi intensa em sua família, graças ao irmão Casé, foi no basquete que ele traçou sua vitoriosa carreira. Em 1995, aos 18 anos, entrou no Saldanha da Gama sob o comando do técnico Alarico Duarte Lima, com quem teve uma evolução muito grande.

Um ano depois já estava brilhando fora do Espírito Santo pelo Tijuca Tênis Clube onde consagrou-se campeão carioca juvenil. Em seguida, profissionalizou-se e passou por diversos clubes do Norte, Nordeste e Sudeste. Jogou em cinco edições do Novo Basquete Brasil (NBB) e uma Liga Ouro (Liga de acesso para o NBB). É campeão mundial máster, campeão da Copa América 3X3 e uma das feras do basquete máster mundial.

 

Amor de pai e filho pelo basquete

A maior conquista de Casé é o seu filho – Andrew, o Big Drew, que nasceu no meio e respira basquete desde pequeno. As primeiras cestas vieram aos 3 anos do garoto, que hoje tem 12 anos e cursa o 7º ano do Ensino Fundamental.

Orgulhoso, o pai fala do filho: “Temos uma relação forte. Eu sempre quis ser um bom pai para ele, desde que ele nasceu. E tem aquela preocupação, por causa desse mundo que vivemos, né. Não quero ser somente aquele pai protetor para ele: procuro passar uma boa educação, quero que ele tenha uma boa imagem de mim. E sou presente o tempo todo na vida dele. A gente usa o basquete na vida dele não só como um esporte, mas também para ele socializar, para abrir portas e janelas – igual meu pai me ensinou, dizendo que através do esporte poderíamos conseguir tudo. E eu tenho conseguido desbravar o mundo, entrar em lugar que jamais imaginaria entrar. O basquete me proporcionou isso. O Andrew é meu orgulho, o ar que eu respiro. O que me move hoje é pensar em investir no esporte com as crianças para que no futuro elas possam mudar esse mundo que vivemos. E meu filho além de tudo é um garoto protetor. Da paz. Cuida de todos que ele ama ”, disse o pai orgulhoso.

Sobre ver o filho como atleta profissional, Casé revela: “Andrew está desde os 3 aninhos na quadra comigo. Desde essa idade ele bate bola e arremessa. A evolução dele foi muito grande e eu vi que não poderia deixá-lo debaixo da minha asa. Ano passado ele foi chamado para jogar no Álvares Cabral em um campeonato sub-14. E isso ele tinha 11 anos. Ele foi chamado também para participar de um camp de basquete, em Atibaia (SP), como o pessoal da National Basketball Association (NBA) no NBA School Brasil. Ficou treinando e respirando basquete e isso abriu portas e ele foi chamado para jogar no Flamengo, Tijuca, Palmeiras e outros. Na ocasião, fiquei com receio de mandar uma criança de 11 anos morar fora. Mas aí veio a oportunidade no Álvares e ali ele mostrou para que veio. Ele é muito bom. Futuramente, claro a gente pretende encaminhar ele para outras situações onde ele possa desenvolver e crescer cada vez mais com o basquete”.

E o jovem atleta que divide seu tempo em treinos, estudos e brincadeiras, revela que também tem orgulho pelo paizão: “É muito bom jogar junto com meu pai.  Gosto dele como treinador, como meu maior incentivador e de estar sempre do lado dele. Quero sim ser profissional de basquete como ele. Quero jogar basquete para vida toda e meu maior sonha é jogar uma NBA”, contou.

 

Projeto Social de basquete 3×3 – Casé 10

Existe desde 2016 e as aulas hoje acontecem na quadra de Goiabeiras e bairro República, Vitória, onde a ideia é expandir para Jardim Camburi e Jardim da Penha.

“Queria muito atender toda a região da Grande Vitória, porém é um projeto gratuito, com vagas ilimitadas. Aqui atendemos crianças da Serra, Cariacica e outros municípios. Temos toda uma preocupação com as crianças na questão de temperatura, máscara, álcool à disposição porque a gente ainda está num momento de pandemia. Hoje a modalidade tornou-se olímpica e é uma escolinha onde trabalhamos o social. É uma modalidade nova aqui, que é a cara da comunidade. Atendemos na quadra de Goiabeiras mais de 200 crianças em um projeto gratuito. Tenho sonho em ampliar esse projeto para outras cidades do ES. Quero ainda levar às comunidades todo o estilo do basquete americano 3×3, que é praticado nas ruas. Ele envolve ainda dança, cultura, tudo junto. Trazer hip hop, o grafite. Todos os elementos”, revelou.

Saiba mais sobre a escolinha:

Locais:  Praça 3 de Maio (próximo à faculdade Multivix) e Praça do Bairro República bairro República.

 

Turmas:

Segundas-feiras (Goiabeiras):

1° Turma de 06/10 anos

18:30/19:30

 

2° Turma de 06/10 anos

19:30/20:30

 

Terças-feiras (Bairro República):

1° Turma de 10/12 anos

18:30/19:30

 

 

Sextas-feiras:

1° Turma de 06/10 anos

18:30/19:30

 

2° Turma de 06/10 anos

19:30/20:30

 

3° Turma de 15/17 anos

Das 20:30/21:30

 

 

Como participar?

Através do contato (27) 9.9916-4324

Alessandro Casé

 

Basquete 3×3: conheça a modalidade

Basquete 3×3, e anteriormente conhecido como FIBA 33, é uma versão formalizada do basquetebol de três por três. É uma variante do basquetebol desenvolvida em campos exteriores de asfalto em cidades, nos Estados Unidos da América.

 

A partida é disputada em dimensões reduzidas e com três jogadores de cada lado, o que explica o seu nome. Apesar de ser um esporte relativamente novo, existem competições similares desde os anos 1980 e, segundo a Federação Internacional de Basquetebol (FIBA), são mais de 250 milhões de praticantes no mundo. Tornou-se modalidade olímpica em Tóquio 2020.

 

Casé fala dos planos para 2022: “Quero trazer grandes campeonatos para o Espírito Santo, sendo embaixador do 3 X 3 capixaba e que Deus possa me abençoar com saúde para continuar jogando o basquete máster. Esse ano devo ir para a Argentina jogar o campeonato Panamericano o qual já fui convocado. Então é isso: escolinha, projeto social, seleção, seleção capixaba já que também vai ter o Sul-Sudeste em Vila Velha em abril, que será bom para o público capixaba prestigiar”

 

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