Novo Ensino Superior: conheça 5 tendências do processo de aprendizagem

Saiba mais sobre o Novo Ensino Superior
Compartilhe esta notícia

Faltando poucos dias para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os egressos do Ensino Médio precisam se preparar para o novo jeito de aprender que pauta o Ensino Superior. De acordo com Adriane Kiperman, diretora editorial da +A Educação, o ensino híbrido veio para ficar, e as universidades estão conciliando as novas metodologias ativas com a tecnologia de ponta para potencializar o processo de aprendizado.

“O modelo de sala de aula apenas expositiva e unilateral já ficou para trás. Então é preciso que o aluno esteja no centro da aprendizagem e pratique o que aprendeu quantas vezes forem necessárias”, explica Adriane.

5 tendências do processo de aprendizagem no Novo Ensino Superior:

  1. Ensino híbrido;
  2. Tecnologias imersivas e metaverso;
  3. Metodologias ativas de aprendizagem;
  4. Soft Skills;
  5. Lifelong learning.

Ensino híbrido

A pesquisa “O ensino híbrido como catalizador do processo de aprendizagem ativa”, publicada no periódico científico International Journal on Active Learning, em 2020, e realizada com alunos de ensino superior do país, concluiu que no modelo híbrido (50% presencial e 50% online), os alunos aprenderam 9% mais.

A pandemia quebrou paradigmas e a resistência ao modelo híbrido de ensino, o que é uma tendência. Quem dizia que nunca iria experimentar uma aula online se viu obrigado a utilizar o formato e percebeu que é um modelo que realmente funciona.

Tecnologias imersivas e metaverso

Com o crescimento da demanda por ensino híbrido, então é necessário quebrar modelos 100% teóricos, expositivos e pouco absorvíveis e proporcionar experiências integradas e imersivas com tecnologias que compõem um metaverso, como laboratórios virtuais com realidade aumentada, vídeos em 360° e 3D.

Realidade no Brasil, os laboratórios virtuais atuam como simuladores digitais que replicam, com alto grau de fidelidade, as práticas realizadas no mundo físico. Não substituem práticas presenciais, mas se tornaram estratégicos para o treinamento e reforço da aprendizagem, além de serem mais seguros para os processos de repetição e correção de erros.

Estão presentes em cursos de engenharia, saúde e humanidades e podem ser aplicados em planos pedagógicos de todas as disciplinas. Os laboratórios virtuais de anatomia, por exemplo, auxiliam um problema comum no ensino superior: a ausência de cadáveres para estudo.

Metodologias ativas de aprendizagem

As tecnologias não caminham sem uma metodologia eficaz. É o momento colocar o aluno em uma posição ativa, no centro do debate e exposto a problemas factíveis do mundo real, sendo a capacidade de resolver problemas a competência mais importante para ele.

Para se ter uma ideia, o Massachusetts Institute of Technology (MIT) já forma seus alunos com experiência profissional e voltada à resolução dos problemas. Práticas pedagógicas como a peer instruction, por exemplo, possibilita que o professor promova debates entre os alunos e estimula a capacidade de senso crítico com competências alinhadas ao cenário real do mercado de trabalho.

Pode ser aplicada por um clique em salas de aula virtuais e permite dinamizar o que seriam momentos de exposição teórica. Dessa forma, a aula ganha o papel de facilitadora do aprendizado, não apenas centralizando o conhecimento.

sOFT sKILLS

O Fórum Econômico Mundial listou as competências profissionais do século XXI e 80% delas são soft skills, como, por exemplo, capacidade de resolução de problemas, criatividade, comunicação, empatia e liderança.

São características que independem das mudanças que as profissões terão no futuro e, portanto, capacitam o profissional a lidarem com diferentes cenários ao longo da vida. Cada vez mais as universidades estão voltadas para esse tipo de habilidade, acompanhando a demanda do mercado de trabalho.

lIFELONG LEARNING

Em um futuro não tão distante, os nanodegrees (microcertificações voltadas para o mercado de trabalho) serão a bola da vez. Além disso, os modelos de graduação de quatro anos terão cada vez menos adesão, já que o aluno precisa aprender para o resto da vida.

Na área de tecnologia da informação, por exemplo, essa tendência já é uma realidade. Isso porque as certificações valem mais que a graduação para o mercado de trabalho.

Veja mais conteúdos sobre educação e tecnologia no EducaTech.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *