A ex-mulher de um poderoso político brasileiro negocia delação premiada com o FBI dos Estados Unidos e a entrada no programa de proteção a testemunhas. Ela descobriu contas off shore com dinheiro de empreiteiras brasileiras, um fundo de um pool de caciques partidários. A Embaixada dos EUA em Brasília já ofereceu proteção e quer enviá-la para Washington num jatinho. A documentação é bombástica e pega empreiteiras por lavagem de dinheiro. Este é o alvo dos investigadores americanos.
Follow the money
O dinheiro passou em contas dos EUA e hoje grande parte está em off shore de paraísos fiscais, comprovam documentos quentes nas mãos de advogados da brasileira.
Risco de morte
A ex do cacique contratou um dos maiores especialistas americanos em rastrear contas ‘sujas’ e descobriu o fundo. Muita gente em Brasília já não dorme, e ela corre risco.
Lá e cá
O FBI e a Justiça americana já obtiveram dados prévios e estão ansiosos para mandar a algema em executivos das empreiteiras brasileiras nos EUA. A situação vai chegar à PF.
Bom dia!
Assim que a mulher fechar a delação, o ex-marido se safa na lei americana pelo Spousal Confidentialitty. Mas ele e os sócios vão ouvir um bom dia da PF às 6h aqui.
Pela Ordem
Renan Calheiros faz corpo-a-corpo com os colegas e pede encarecidamente que evitem discursos “inconvenientes” durante a votação do impeachment no plenário do Senado. Quer mostrar que a Casa tem classe. Mas os suplentes sem votos querem aparecer.
Defesa à míngua
Enquanto o chefe da pasta prioriza a defesa de causa perdida, acendeu a luz amarela na Advocacia Geral da União. O órgão tem orçamento para se segurar até julho.
Recarga
Nem tudo está perdido. A GDF Suez decidiu investir 250 milhões de euros no Brasil em seu plano de negócios para os próximos anos.
Aérea$
As aéreas estão praticamente falidas. A Gol é segurada pela americana Delta; a chilena Lan sustenta a TAM; e os chineses tocam a Azul. Viraram sócios com até 49%.
Super-ministro
O futuro chefe da Casa Civil do Planalto, Eliseu Padilha, terá super-poderes. Vai controlar todos os ministérios e a verba da Secom para publicidade na mídia.
Ainda é cedo
Michel Temer recusou dezenas de convites para eventos e cerimônias nos quais seria bajulado, promovidos por empresários. Avisa que ainda é cedo.
Delfim 2.0
Conselheiro de governos desde a Ditadura Militar, o economista Antônio Delfim Netto colocou-se à disposição de Temer. O vice gostou, e já o ouve.
Vai mal
Lula sonhava ganhar o Nobel da Paz pelo programa Fome Zero. O cerco da PF e a forte suspeita de corrupção, mundialmente notórios, enterraram o projeto.
Em Brasília, 19h
As inteligências do Governo e da PMDF preveem meio milhão de pessoas na porta do Congresso na quarta dia 11 à noite, quando o Senado vota o impeachment de Dilma.
Filho ilustre
Cajazeiras (PB), dos piores IDHs do País, é terra do presidente da comissão do impeachment, senador Raimundo Lira, nada pobre. Declara avião de R$ 6 milhões e é conhecido negociador de terras no Entorno do DF.
Lá, como cá
O jornal Orlando Weekly revelou que a Odebrecht doou ocultamente US$ 70 mil para Jeb Bush, ex-governador da Flórida, via sua fundação, escrever sua biografia.
Mineirices
Ganha um pão de queijo do vice Temer quem adivinhar o nome do tucano que tirou de José Serra o Ministério da Educação pelo Itamaraty, sem vitrine eleitoral.
Dupla
Filho do ex-governador, Marco Antônio Cabral virou case de boa gestão na Secretaria de Esportes do Estado do Rio. Sua eminência parda é o subsecretário Rafael Thompson. A afinidade da dupla chamou a atenção do PMDB.
Sem carnê
A crise anda braba, menos para o jogador Neymar. Ele comprou da família Klein, das Casas Bahia, o jatinho Cessna de R$ 37 milhões. Sem parcelar em 24 vezes.