Temer deixa figuração e assume papel principal no país. E agora?

Brasília – O presidente interino Michel Temer durante cerimônia de posse aos novos ministros de seu governo, no Palácio do Planalto (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

E a presidente Dilma Rousseff (PT) foi afastada depois de sofrer derrota no Congresso. Foi traída por aliados, perdeu prestígio, poder e a presidência, pelo menos pelos próximos 180 dias. Com a decisão história, o vice, Michel Temer, que sempre reclamou de ser figurante agora passa a ter o papel principal no comando do país. A população exige soluções imediatas para a crise política e econômica que o país enfrenta. Mas os problemas não serão solucionados em um passe de mágica, é bom que fique claro. O futuro daqui para frente é duvidoso. A Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES) foi a favor do impeachment, e seu presidente, Homero Mafra, sabe que o futuro é incerto. “Não há motivo para comemoração e a situação política do país ainda é preocupante”, pontua. Logo após a votação, o senador Ricardo Ferraço comemorou o afastamento da petista e disse que é preciso virar a página da história deixada por Dilma. “Vamos trabalhar para que possamos voltar aos trilhos”.

Resistente
Embora debilitada por causa de um princípio de AVC, a senadora Rose de Freitas (PMDB) acompanhou a votação e fez questão de ficar no plenário para registrar seu voto a favor do impeachment. Encerrada a fase dos discurso, o presidente Renan Calheiros leu a opinião de Rose, já que ela estava impossibilitada de falar. A capixaba não resistiu e chorou durante a leitura. Foi bastante cumprimentada pelos colegas.

Ingratos?
Ao defender o impeachment, o senador Ricardo Ferraço (PSDB) foi bem criticado nas redes sociais, já que ele foi eleito com o apoio da presidente afastada Dilma Rousseff. Imagens dele beijando a mão da petista durante a campanha logo foram reproduzidas na Internet. Sobrou também para o senador Magno Malta (PR), que subiu no palanque de Dilma quando ela esteve no Estado para pedir votos.

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Divergência
Procurado pelo jornal online Folha Vitória para comentar a pesquisa De Olho no Poder – Eleições 2016 Flexconsult/Rede Vitória na Serra, o deputado Bruno Lamas (PSB) pontual o desempenho dos adversários, mas evitou falar sobre Vandinho Leite (PSDB). Os dois tiveram divergências quando o tucano deixou o PSB alegando que não teve apoio do partido. Parece que a mágoa ainda não foi superada.

Tietando
Quem esteve lá na posse de Temer em Brasília foi o deputado Sandro Locutor (PROS). Conseguiu um aperto de mão do novo presidente e trocou rápidas palavras com o peemedebista. As fotos da cena foram, claro, publicada nas suas redes sociais.

Esvaziado
Mais uma vez o plenário da Câmara foi esvaziado pelo vereadores de Vitória. Os trabalhos tiveram que ser suspensos por falta de quórum nesta quinta-feira. No expediente, votação de vários vetos do Executivo a projetos dos próprios parlamentares. O vereador Luiz Emanuel (PPP) mais uma vez aproveitou para defender seu projeto de redução do número de cadeiras no plenário. “Em uma sequencia de sessões não conseguimos votar mais do que um veto. É um boicote. Só não sabemos a quem interessa isso”, disse.

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