Pesquisa: Casagrande lidera, mas Manato cresce entre indecisos

A segunda pesquisa Real Time Big Data divulgada na tarde desta quinta-feira (20) mostrou um cenário mais apertado entre os candidatos que disputam o governo do Estado. Casagrande continua à frente, com 52% dos votos válidos, mas, em comparação à pesquisa da semana passada (13), perdeu um ponto. Já Manato cresceu, pulando de 47% para 48% dos votos válidos.

A diferença entre os dois é de 4 pontos percentuais, o que significa dizer que estão empatados tecnicamente dentro da margem de erro, que é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. Na semana passada, essa diferença era de 6 pontos percentuais. A pesquisa tem 95% de confiança e foi encomendada pela TV Vitória em parceria com a Record TV.

O crescimento de um ponto percentual de Manato não significa, necessariamente, que ele tirou votos de Casagrande. A leitura mais plausível é que ele tenha conquistado voto dos indecisos, dos que iriam se abster ou anular o voto. É normal que, à medida que a eleição vai se aproximando, os eleitores definam o voto. E essa definição, como mostra a pesquisa até o momento, tem dado vantagem a Manato.

No cenário estimulado, Casagrande manteve os 48% pontuados na pesquisa da semana passada. Já Manato pulou de 42% para 45%. Houve uma queda significativa entre os que iriam anular ou votar em branco. Na pesquisa anterior eles eram 6% e, nesta, 4%. Os que não sabiam ou não quiseram responder caíram de 4% para 3%. Somando a diferença das duas pesquisa, o saldo é de 3 pontos percentuais, justamente o que Manato conquistou no último levantamento.

O movimento de Manato para a atração dos indecisos é mais claro quando se olha para os recortes de gênero, renda e religião. Basicamente ele cresceu entre os homens, entre os mais ricos e os evangélicos.

Cresceu entre os mais ricos

No recorte de renda, com os entrevistados divididos entre os que ganham até dois salários mínimos, entre os que ganham de 2 a 5 salários mínimos e entre os que ganham acima de cinco salários mínimos, Manato cresceu no eleitorado de classe média e no dos mais ricos. Foram 4 pontos percentuais a mais entre os que ganham de 2 a 5 salários mínimos (de 47% para 51%) e 5 pontos percentuais entre os que ganham acima de 5 salários mínimos (de 47% para 52%).

Já Casagrande cresceu entre os mais pobres, pulando de 54% para 55% desse eleitorado. Na classe média, o governador permaneceu com o mesmo percentual (43%) e entre os mais ricos, caiu de 47% para 46%.

Quando se olha para os que votariam nulo ou branco na primeira pesquisa, há uma queda em todas as faixas de renda, se comparado à pesquisa divulgada hoje (20). Entre os mais pobres caiu um ponto, na classe média, três pontos e entre os mais ricos caiu mais um ponto.

Já entre os que não sabiam ou não responderam, apenas entre os mais pobres, o percentual ficou estático, em 4%. Os demais caíram 1 ponto (classe média) e 3 pontos, entre os mais ricos.

Eleitorado mais masculino

Quando o recorte é de gênero, o que se nota é que Manato cresceu mais entre os homens. Foram 4 pontos percentuais, saindo de um eleitorado 46% para 50%. Já Casagrande perdeu 1 ponto, caindo de 48% para 47%.

Entre as mulheres, Manato também cresceu, indo de 38% para 41%. Porém, a maioria do eleitorado feminino está com Casagrande, que mantém os mesmos 49% da pesquisa anterior, segundo apontou o levantamento.

O saldo de 3 pontos percentuais obtidos por Manato no eleitorado feminino pode ter vindo das mulheres que, na primeira pesquisa, responderam que votariam nulo ou em branco. Esse percentual caiu de 9 para 6 pontos percentuais.

Maioria entre os evangélicos

Se na semana passada, os dois candidatos estavam empatados (45%) com relação à intenção de votos do eleitorado evangélico, a pesquisa mostra que em uma semana, Manato conseguiu crescer 4 pontos nesse meio, indo a 49%. Já Casagrande perdeu um ponto e agora está com 44%.

Durante toda a semana, foi grande a busca por apoio das lideranças evangélicas por parte dos dois candidatos. Casagrande recebeu o apoio da maioria das convenções das igrejas Assembleia de Deus. Já Manato recebeu apoio da Igreja Universal. Também tem sido forte a campanha dentro dos templos religiosos – o que é crime eleitoral – mas que acaba não dando em nada.

Já entre os católicos, Casagrande mantém a liderança com os mesmos 50% pontuados na semana passada. Mas Manato aumentou sua entrada nesse meio cristão em 3 pontos, indo de 39% para 42%.

Na semana passada, os que iriam votar nulo ou branco ou ainda não sabiam, somavam 21% entre católicos e evangélicos. Hoje, a soma corresponde a 15%, ou seja, 6% de quem não iria votar ou estava indeciso no segmento religioso definiram o voto e, pelo que os números mostram, optaram pelo candidato do PL.

No quadro geral, os indecisos e que responderam que não escolheriam nenhum dos candidatos caíram de 10% para 7%. Ou seja, ainda há um campo grande do eleitorado a ser conquistado nos dias que faltam para o 2º turno.