PT já garantiu Subsecretaria de Agricultura. Falta alinhar nome ao 1º escalão

Congresso do PT: partido já tem uma secretaria e 4 subs

A semana tem sido de muitas reuniões entre o governador Renato Casagrande (PSB) e lideranças partidárias, principalmente com o PT que tinha, ao menos, dois encontros agendados com Casagrande para debater o espaço que terá no governo. Uma dessas reuniões ocorreu na última terça-feira (20), um dia após a diplomação dos eleitos.

O PT foi para a reunião com a intenção de pleitear duas secretarias. Primeiro porque acredita ser merecedor do espaço diferenciado pelo tamanho da legenda e pela contribuição à campanha do governador. Depois porque quer atender a duas correntes internas da legenda: uma ligada aos deputados eleitos João Coser e Jackeline Rocha – presidente do partido –, e outra ligada aos também deputados eleitos Iriny Lopes e Helder Salomão.

Porém, o governador já tinha dito às lideranças partidárias e à imprensa, que cada uma das legendas aliadas iria ocupar apenas uma vaga no secretariado. Ainda que uma ou outra emplaque dois nomes, não haveria espaço para todo mundo pleitear mais que uma vaga. Então, começou a entrar na mesa de negociações as vagas no 2º escalão.

Tudo caminha para que o PT ocupe uma secretaria e uma subsecretaria na gestão. A subsecretaria já estaria bem costurada e seria na pasta de Agricultura. Deverá ser criada a Subsecretaria de Agricultura Familiar para abrigar o partido e o cotado para assumi-la é o 1º suplente de deputado estadual Julio da Fetaes (PT), que é do grupo de Coser.

Já a cadeira no 1º escalão a ser assumida está na dependência da avaliação dos nomes indicados quanto ao perfil necessário para o posto. Há três pastas em jogo: a Secretaria de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social (Setades), a Secretaria de Esporte (Sesport) e a Secretaria de Turismo.

A mais provável que fique com o PT é a Setades, pela afinidade com as pautas do partido. Também trata-se de uma pasta que já conta com muitos convênios com o governo federal e que deve ser turbinada, agora, com a gestão de Lula mais voltada para as pautas sociais.

Isso significa que, além do orçamento próprio, a pasta deve receber repasses federais e, com isso, ter um bom volume de entregas, o que traz visibilidade. Além do mais, ter uma liderança petista à frente da secretaria facilitaria o diálogo com Brasília.

Confirmando-se o nome de Julinho na Sub de Agricultura, sendo ele do grupo de Coser, um nome que ganha força para comandar a Setades é o da professora Célia Tavares, ex-candidata à Prefeitura de Cariacica, do grupo de Helder e Iriny. Dessa forma, os dois maiores grupos do PT seriam contemplados.

Mas há também a possibilidade do PT ficar com a Secretaria de Esporte, em vez da Setades. A pasta também é um pleito do partido e um dos nomes cotados é do ex-deputado estadual Nunes. A dificuldade seria contemplar dois nomes ligados à mesma corrente interna do PT, já que Nunes é ligado a Coser.

Outros nomes também já teriam sido passados para o governador que deve definir ainda nessa semana qual será o espaço não só do PT, mas também do PDT e do PSB no 1º escalão. Se PT ficar com a Setades, o PDT pode herdar o Esporte e o PSB, Turismo. Já se o PT ficar com Esporte, a Setades deve ir para o PDT.