'Bolsonaro não é caminho para o Brasil', diz Paulo Hartung à empresários em Vitória
O governador do Espírito Santo discursou durante um evento que contou com a participação do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso
Uma afirmação feita pelo governador do Espírito Santo Paulo Hartung chamou a atenção de empresários e gestores que participavam de um evento, ocorrido em Vitória, nesta quarta-feira (22).
A fala de Hartung era sobre o candidato do PSL ao cargo de presidente da República, Jair Bolsonaro. "Sei que tem muito brasileiro admirador de Trump e ainda dizendo que Bolsonaro é o Trump brasileiro. Não admirem Trump e não sigam Bolsonaro, porque não é caminho para o Brasil. É descaminho absoluto para o nosso país. Estamos precisando nos levantar e construir alternativas para o nosso país", disse.
Hartung fez um pequeno discurso que antecipou a fala do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no evento, voltado para empresários, executivos e gestores do Espírito Santo.
“O partido (PSDB) quer que o Geraldo (Alckmin) ganhe e vá para o segundo turno. Eu sou uma pessoa aberta a democracia e se quer a aliança de um, como vou negar. O PT é responsável por boa parte do que aconteceu de desastrado na política do Brasil. Não posso querer isso”
FHC em Vitória
Em entrevista coletiva, FHC não deixou claro se haverá uma possibilidade de apoio do PSDB à chapa do PT em um possível segundo turno sem a presença do candidato tucano, Geraldo Alckmin.
Questionado sobre essa alternativa, FHC até afirmou que o Partido dos Trabalhadores foi responsável por parte do que ele considerou como desastrado na política brasileira. “O partido (PSDB) quer que o Geraldo (Alckmin) ganhe e vá para o segundo turno. Eu sou uma pessoa aberta a democracia e se quer a aliança de um, como vou negar. O PT é responsável por boa parte do que aconteceu de desastrado na política do Brasil. Não posso querer isso”, afirmou.
O ex-presidente também afirmou que a situação da candidatura de Lula à presidência pode dificultar a compreensão do eleitor. FHC ainda lembrou que a situação é resultado de leis promulgadas pelo próprio candidato do PT, quando o mesmo ocupava a cadeira presidencial. “É uma situação historicamente dramática. A pessoa que foi presidente da República e que tem apoio de uma parte da população, só que têm leis no Brasil. A lei não foi feita por mim, foi assinada pelo presidente Lula”, disse.