ORGANIZAÇÕES VENCEDORAS – As 5 lições da gestão competente

As lições aqui apresentadas vem da escritora Rosabeth M. Kanter , palestrante dos famosos fóruns da HSM MANAGEMENT. 4 anos atrás, Rosabeth apresentou no fórum as cinco lições que aprendeu Ashampoo_Snap_2015.04.06_22h32m27s_007_sobre as empresas vencedoras, definidas por ela como aquelas que tem cultura de aprendizado e adaptação às mudanças. Socióloga especializada em gestão, a professora de Harvard comparou organizações líderes com as de desempenho ruim.

1ª lição: vencer é muito melhor do que perder
O sucesso põe em movimento comportamentos melhores, pois o bom astral é contagioso. Como o sucesso, o fracasso também permanece, porque produz comportamentos disfuncionais. “Os melhores líderes em tempos difíceis têm personalidade luminosa”, diz Kanter. Eles espalham boa energia entre as demais pessoas simplesmente ao circular pela empresa e sorrir. Com isso, as pessoas ficam menos doentes, faltam menos ao trabalho e desejam contribuir com a organização. Além disso, as pessoas têm vontade de conversar sobre experiências positivas, e isso multiplica o aprendizado.
“Dei consultoria para uma empresa de software de fraco desempenho cujo clima era muito ruim. Tive de dizer ao CEO que o comportamento dele era responsável por parte do problema”, recorda Kanter. Ela conta que ele costumava perguntar ao seu pessoal “Por que eu tenho de ter todas as boas ideias?”. Na visão dele, só ele sabia. Resultado: “A energia boa não estava lá e ele acabou fechando a empresa”.
Empresas vencedoras colhem vantagens pela reputação: boa repercussão na mídia, convites para os melhores eventos onde fazem os melhores contatos e crédito no mercado. Os perdedores, por sua vez, não têm sequer o benefício da dúvida. Acabam tendo menos autonomia para determinar seu próprio destino, pois sofrem mais auditorias, gastam mais tempo em relatórios, recebem mais interferência, o que interrompe o fluxo dos processos.

2ª lição: vencer requer muito trabalho
Uma das grandes diferenças entre organizações de muito sucesso e as medíocres é a quantidade de esforço. O sucesso pode levar à acomodação. Esse efeito pode estar no cerne do declínio recente da Toyota, que, apesar de sua reputação de qualidade, vem mostrando complacência e talvez um pouco de arrogância. “As empresas que permanecem vencedoras são paranoicas por vencer. Não baixam a guarda”, ressalta a palestrante.

3ª lição: não é o talento individual, mas o da equipe que conta
Vencedores apoiam o talento, mas enfatizam a colaboração. O ambiente deve tirar de todos o que têm de melhor, sem depender de um superstar. “Se você confiar só nas estrelas, criará distância entre as pessoas e alguns acabarão se acomodando. Uma cultura de respeito existe quando todos acham que seus colegas são bons.” Comentário do Blog Gestão e Resultados:  Na figura da ilha representamos o excesso de individualismo onde cada dono de ilha se considera uma estrela como diz Rosabeth, ou no popular o “rei da cocada preta” e com isto colabora para a falta de sinergia e pobreza dos resultados na organização.
A ILHA2A Continental Airlines precisava de uma virada. Entre 1982 e 1994, a empresa teve duas falências e dez CEOs. Havia total falta de colaboração em equipe. Gordon Bethune, como CEO, passou a promover a líderes as pessoas que eram boas treinadoras, boas em trabalho em equipe, o que levou a empresa à virada. As estrelas têm de ter como parte de sua tarefa treinar e ajudar os outros.

4ª lição: vencedores pensam grande e pequeno
As pequenas vitórias são importantes para dominar a mudança. Elas fazem as pessoas se sentirem bem-sucedidas. As pessoas têm de saber que pequenas iniciativas de inovação podem ser tomadas. “Se você só tiver um grande objetivo, por exemplo, de cinco anos, todo mundo só vai fazer o trabalho no último mês do quarto ano, como na faculdade. Mas você deseja ter um processo estável que advém de pequenas vitórias”, explica Kanter.
A BBC havia perdido contato com seu público. Fizeram inúmeras sessões de brainstorming para melhorar tudo, mas acabaram esbarrando em crenças como “não vai mudar nada”. Perceberam que os funcionários teriam de assimilar a cultura do “faça acontecer”, passar de passivas a ativas. Ao estimular verdadeiramente essa atitude, a empresa voltou a crescer.

5ª lição: Aprende-se mais sobre a vitória quando se perde
Algo sempre sairá errado, mas os vencedores contam com os ingredientes das quatro lições anteriores que os ajuda a superar momentos difíceis.

fonte: HSM MANAGEMENT – Ilustração: Getulio A. Ferreira

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