CONGRESSO BRASIL COMPETITIVO 2015 – Os desafios

GAF_2015.09.27_22h38m08s_012_MBC propõe coalizão pela reforma do Estado e governadores aceitam

O Brasil vive uma situação “tremendamente delicada” e só vai sair dela se houver um pacto federativo sério, com os governadores formando uma coalizão pela reforma do Estado, que permita construir uma pauta de consenso e um plano de trabalho conjunto.
A proposta foi feita nesta terça-feira, 22, pelo empresário Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do Conselho Superior do MBC (Movimento Brasil Competitivo), durante o Congresso Brasil Competitivo, em São Paulo. O evento reuniu governadores, empresários e ministros, com o intuito de discutir os melhores caminhos para o país superar a crise.

DSC02235Segundo Gerdau, um pacto como esse é a única forma de tirar o país da delicada situação atual e avançar em direção à meta de dobrar a renda per capita até 2030, estipulada pelo estudo Visão Brasil 2030.
“Pode parecer ousadia, mas a presença dos senhores (governadores) e minha credibilidade me dão coragem para propor esse diálogo público-privado”, afirmou Gerdau, que fez uma conclamação aos governadores: que pratiquem governança de fato e não se contentem em ser meros gestores de folha de pagamento, síndicos de crises.
Os governadores presentes ao evento – Geraldo Alckmin (São Paulo), Marconi Perillo (Goiás), Camilo Santana (Ceará), Paulo Câmara (Pernambuco), Rodrigo Rollemberg (Distrito Federal), Pedro Taques (Mato Grosso), Beto Richa (Paraná) e Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul) – aceitaram a proposta e se comprometeram a assinar um compromisso. Além da vice-governadora do Piauí, Margarete Coelho.

GAF_2015.09.27_22h39m07s_014_“Nós governadores devemos retomar o papel de protagonistas”, afirmou Perillo, que defendeu uma agenda de reformas profundas e estruturantes para o país.
“O Brasil é um país vocacionado ao crescimento”, disse Alckmin. “Não adianta fazer ajuste fiscal se não tiver um projeto de desenvolvimento. Temos uma crise conjuntural e estrutural. Se não for resolvida, vamos ter crescimento sempre limitado a 2% ao ano”.

GAF_2015.09.27_22h39m47s_015_Os governadores criticaram tanto o governo federal quanto o Congresso e ressaltaram a dificuldade de implantar uma agenda positiva num momento como o atual, em que cortar gastos é imperativo. Mas garantiram que farão tudo que estiver ao alcance deles para tornar realidade a proposta apresentada pelo MBC.
“Temos que cortar muito. Não conheço um governador que não esteja perto do osso. Mas o mais importante é buscar, em cada estado, o restabelecimento da confiança”, disse Paulo Câmara. O governador de Pernambuco apontou dois caminhos para recuperar o ambiente favorável: 1. estabelecer regras claras nos próximos 15, 20 anos; 2. cuidar do ambiente estrutural, deixando o Estado preparado para receber investimentos e qualificando a mão-de-obra.
Animado com o ritmo dos debates, o presidente da GE do Brasil, Gilberto Peralta, declarou: “Fico feliz de ver isso aqui. O Brasil é um país com potencial impressionante. É o terceiro mercado da nossa empresa. Ainda vamos investir muito mais aqui do que investimentos hoje”.
Para que empresas como a GE ajam mesmo dessa forma, o país precisa criar um círculo virtuoso, na opinião de Gerdau, que inclua geração de poupança interna, aumento de produtividade, empregos e qualidade vida. O empresário disse que a eficiência na gestão é a peça-chave para colocar o país de volta na rota do crescimento sem a necessidade de aumentar impostos. Ele conclamou a união dos diversos setores da sociedade. “Nós do setor privado carecemos de capacidade política. A solução passa pelas coalizões entre público, privado e terceiro setor. Deve vir da sociedade civil, debaixo pra cima”.
Como destacou o presidente-executivo do Movimento Brasil Competitivo, Claudio Gastal, o desafio está posto. “Penso que todos os empresários e lideranças que compõem o MBC darão o suporte necessário a esta caminhada, se tiverem o suporte político desse grupo de lideranças”.
Fonte: Assessoria de Comunicação do MBC, Fotos: GAF

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