1.891 – Desafio da Qualidade e Produtividade: Deming seria ouvido hoje no Brasil e no mundo?

Neste 19/09, Segunda Feira, às 20h00, Haroldo Ribeiro, diretor da ABQ estará recebendo os seus colegas da Academia Brasileira da Qualidade, Claudius D’Artagnan e Getulio Apolinário, para responder se Deming seria ouvido hoje no Brasil e no mundo. Ambos são consultores de empresa consagrados e autores de vários livros sobre gestão e liderança.
A transmissão será feita para quase 9000 seguidores do LinkedIn (https://linkedIn.com/in/haroldo-ribeiro), para quase 6000 inscritos no canal YouTube (https://youtube.com/c/haroldoribeiro), e também no Facebook (https://facebook.com/haroldo.ribeiro).

Quem desejar receber o certificado de participação deve se inscrever pela Sympla por meio do link https://bit.ly/3RJhlf9

UM POUCO SOBRE DEMING

A base do nosso debate está na sua maior parte contida nos14 Princípios de Deming – Veja a seguir:

*Post do Blog Gestão e Resultados em 18 Julho 2016.

O Japão do pós guerra vivia o pior momento, arrasado buscava a reconstrução em meio à destruição que ia além da infraestrutura do país, ou seja, a principal luta estava na recomposição do moral dos japoneses.

É sabido aos quatro cantos a importância de W.Edwards Deming e Joseph M. Juran  neste papel importante do reerguimento do país a partir de uma nova mentalidade gerencial junto aos líderes empresariais japoneses. A questão básica estava no lema “vencer a crise”.

Sob o ponto de vista do desenvolvimento industrial brasileiro e influências mundiais, nossa crise já era de conhecimento em 2008 e foi se agravando ao longo do tempo até os dias atuais, embora o governo da época minimizasse tal episódio (a tal marolinha…).

Podemos dizer que é uma guerra um tanto diferente do Japão nos anos 50, mas trata-se de uma guerra brasileira onde registramos índices baixíssimos na educação, produtividade do trabalho, inovação, produtividade empresarial, competitividade, segurança…. entre outros indicadores estratégicos, e dentro da necessidade de vencermos estas batalhas voltamos aqui no Blog Gestão & Resultados com os famosos princípios de Deming com algumas pequenas adaptações e atualizações para os dias atuais (será que continuam válidos?).

Vamos então, aos 14 princípios de Deming para a melhoria da competitividade para o novo milênio apresentados com nossas sugestões e atualizações, fruto de estudos e práticas nas organizações em que atuamos nas últimas 3 décadas:

1º princípio: Estabeleça constância de propósitos para a melhoria do produto e do serviço, objetivando tornar-se competitivo e manter-se em atividade e gerar empregos. A melhoria contínua (Kaizen) e Inovação são caminhos certeiros para a diferenciação, qualidade e resultados ao cliente.

2º princípio: Adote a nova filosofia. Estamos numa nova era econômica. A gestão ocidental deve acordar para o desafio, deve conhecer as suas responsabilidades e liderar para a competitividade através da sinergia com os parceiros, fornecedores, colaboradores e clientes. Deve, a gestão ocidental  assumir a liderança da mudança.

3º princípio: Elimine a necessidade de inspeção em massa para gerar qualidade, introduzindo a qualidade no produto desde seu primeiro estágio; Crie indicadores prioritários para certificar-se do total controle e gestão dos processos.

4º princípio: Cesse a prática de aprovar orçamentos somente com base no preço. Tenha evidências reais da qualidade incorporada nos serviços e produtos adquiridos. Lembre-se, a qualidade deve vir agregada ao fornecimento.

5º princípio: Aprimore constantemente o sistema de produção e de prestação de serviços, de modo a melhorar a qualidade e a produtividade e, consequentemente, reduzir de forma sistemática os custos; O uso de sistemas de qualidade nos moldes da ISO é altamente recomendável. Não deixe de estimular a participação dos empregados nas melhorias e nos projetos da empresa (Círculos da Qualidade, Grupos Zero Defeitos, Grupos Kaizen entre outras modalidades de participação metodológica).

6º princípio: Institua treinamento no local de trabalho; As melhores empresas investem mais de 100 horas de treinamento por funcionário, por ano. O aprendizado contínuo é a garantia de bons resultados agora e no futuro.

7º princípio: Institua liderança. O objetivo da liderança deve ser o de ajudar as pessoas e as máquinas e dispositivos a executarem um trabalho melhor. Crie um ambiente permanente de coaching e formação de líderes na empresa.

8º princípio: Expulse o medo, de tal forma que todos trabalhem de modo eficaz e integrados (sinergia) para a empresa; A relação cliente-fornecedor interna é o que garante melhores resultados no fim da linha.

9º princípio: Elimine as barreiras entre os departamentos. As pessoas devem trabalhar em equipe, de modo a preverem problemas de produção e de utilização do produto ou serviço;

10º princípio: Elimine lemas, exortações e metas para a mão-de-obra que exijam nível zero de falhas e estabeleçam novos níveis produtividade com base na qualidade do sistema através do treinamento e educação contínuos na empresa.

11º princípio: Elimine padrões de trabalho (quotas) na linha de produção. Substitua-os pela liderança e foco nos processos dando ênfase na qualidade e na produtividade em cada etapa.

2º princípio: Remova as barreiras que privam o colaborador de seu direito de orgulhar-se de seu desempenho. Institua a meritocracia como base para a motivação e facilite a participação de todos na eliminação e prevenção de problemas.

13º princípio: Institua um forte programa de educação e auto aprimoramento. Utilize fortemente os recursos informatizados e aplicativos digitais para facilitar a transmissão de conhecimentos tanto presenciais como também à distância.

14º princípio: Engaje todos da empresa no processo de realizar a transformação. A transformação é da competência de todo mundo. Estabeleça novas metas e desafios a partir do compromisso da alta administração, líderes e supervisores.

SUCESSO!

Fontes:

  • DEMING, W. E. Qualidade: A Revolução da Administração. Rio de Janeiro: Marques Saraiva, 1990.
  • FERREIRA, G.A – Gestão pela Qualidade sem dor de cabeça – Qualitymark editora RJ. 1998
  • WALTON, MARY – O método Deming de Administração: Marques Saraiva – 1986
  •  DEMING, W.E. – A Nova Economia para a Indústria, o Governo e a Educação – Qualitymark Editora – 1997
  • ·SATTERSTEN e COVERT – Os 100 melhores livros de negócios de todos os tempos – Apresentação Ozires Silva – Elsevier/Campus – 2010
  • ·MIRSHAWKA, VICTOR – Implantação da Qualidade e da Produtividade pelo Método do Dr. Deming – Mc Graw Hill – 1990

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