Nutri que corre alerta: álcool e corrida não combinam

Nas comemorações pós-provas, está sendo comum ver uma forma de comemoração diferenciada: o consumo da cerveja. Pois bem, isso não vem acontecendo agora, há muitos anos é uma forma de comemoração e explosão após a exaustiva rotina, e isso não ocorre apenas em maratonas ou corridas de rua.

Bianca Passos faz alerta para consumo de cerveja após as corridas

Muitos esportes já apresentam essa comemoração, como o pódio da Formula 1, que é regado de muita champagne. Mas a nutricionista clínica, funcional e esportiva Bianca Passos, a “Nutri que corre”, faz a seguinte ponderação:

“O álcool não traz benefícios algum para quem deseja manter uma boa rotina de treino”, alerta a especialista.

Entenda:

Bianca Passos explica que esse tipo de mistura é mais comum entre corredores iniciantes e que ainda têm um hábito de fazer ingestão em grandes quantidades.

À medida que aumenta a experiência na modalidade, o consumo de álcool acaba caindo naturalmente, o que acaba sendo muito mais saudável. “Isso mostra grandes benefícios como sono tranquilo e perda de peso e queda de percentual de gordura e melhora nos resultados em geral”, destaca Bianca.

Como age o álcool

O álcool interfere no nível de glicose no fígado e isso influi negativamente numa pessoa que vai participar de uma corrida. Isso porque, com essas taxas alteradas, o rendimento do corpo do atleta sofre uma queda, prejudicando no desempenho final.

Outra coisa que acontece é a interferência na hidratação. Se a pessoa está num ciclo de treinamento e consome uma cerveja logo após o exercício, isso vai atrapalhar a hidratação, porque o álcool estimula a diurese, fazendo com que a pessoa perca água na urina. Nos treinos e provas, isso vai representar mais fadiga, enquanto no dia a dia o reflexo serão dores e mal-estar.

“Quando o treino/ corrida termina, existe a necessidade de se ingerir uma boa quantidade de carboidrato. O álcool faz com que a pessoa consuma menos carboidrato, já que a mesma  sente uma maior sensação de saciedade, e isso pode atrapalhar a formação dos estoques de carboidrato nos músculos e no fígado”, destaca a nutricionista.

O músculo tem que estar hidratado. Então, o sangue que vai abastecer esse músculo precisa estar fininho, basicamente com oxigênio e água. “O álcool atrapalha isso. Se exagerar na bebida, é preciso aumentar a quantidade de água ingerida durante os treinos. Caso a pessoa costume beber 2 litros de água, é bom aumentar para 2,5 etc”, pondera Bianca Passos.

Exercícios de alta intensidade, como as maratonas, aumentam significativamente a incidência de inflamação e disfunções imunológicas e que algumas substâncias naturais com potentes propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, conhecidas como polifenóis, estão presentes em quantidades significativas nos componentes não alcoólicos da cerveja.

Ela deixa um recado importante:

“Cuidado com isto: se consumir grande quantidade de álcool após esforço físico como uma maratona, pode inclusive ser perigoso a mistura dos suplementos que consumiu durante a prova, causando outros efeitos e sobrecarga renal. O ideal é optar pela cerveja light ou ate a sem álcool”.

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