Atividade física reduz risco de câncer de próstata em 10%

O câncer de próstata é a segunda doença mais comum entre os homens, atrás apenas do
câncer de pele. Ela surge de forma silenciosa e em uma região que não costuma apresentar
sintomas, atingindo um a cada seis indivíduos no Brasil. Por isso é realizada anualmente a
campanha Novembro Azul, de conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce.

E a atividade física frequente é uma forte aliada da saúde. Uma meta-análise divulgada pela Escola Brasileira de Oncologia, uma super análise que incluiu 43 estudos com mais de 88 mil casos da doença, indica redução de até 10% no risco de contrair a doença entre aqueles que obtiveram níveis mais elevados de atividade física.

O câncer de próstata não cuidado pode matar a pessoa em até cinco anos. O Instituto Nacional
do Câncer (INCA) estima que surjam 65.840 novos casos de câncer de próstata em 2022. E
aproximadamente 60% deles podem ser diagnosticados em homens com mais de 65 anos.

Além disso, de acordo com o Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da
Saúde, 44 homens morreram por dia, em 2021, devido à doença. E a atividade física pode frear
este cenário. “O exercício já é uma forma bem estabelecida para tratamento de ansiedade e
depressão, que muitas vezes estão relacionados aos casos de pacientes que tem câncer, e os
benefícios já são sentidos desde o primeiro exercício”, afirma Dr. Guilherme Dilda, médico do
Esporte da Care Club.

A próstata é uma glândula do sistema genital masculino, localizada na frente do reto e
embaixo da bexiga. O tamanho dela varia com a idade. Em homens mais jovens, tem aproximadamente o tamanho de uma noz, mas pode ser muito maior em homens mais velhos. A função dessa glândula é produzir o fluído que protege e nutre os espermatozoides no
sêmen.

MANTER A MASSA MAGRA
Evidências científicas já estabeleceram de forma robusta que os exercícios físicos podem coibir
alguns tipos de câncer e assa meta-análise vem nessa direção. “As meta-análises, quando se
comparam vários estudos, mostra que realmente há um risco menor de câncer de próstata
entre aqueles que praticam exercício físico de forma regular. E mesmo para aqueles que
praticam atividade física no seu trabalho ou no seu dia a dia – ou seja, aqueles que não estão
treinando, mas estão se movimentando durante o dia”, explica o médico.

Como as células cancerígenas da próstata respondem ao hormônio testosterona, muitos dos
tratamentos consistem em diminuir a quantidade de testosterona circulante.

“Nesses casos, com a menor quantidade de testosterona circulante aumenta o risco de perda de massa muscular, perda de massa óssea, ganho de peso, aumento do risco de doença cardiovascular, e outras consequências de síndrome metabólica, então o exercício nesse ponto vai ajudar muito – vai ajudar a manter a massa magra, a manter a massa óssea, manter o peso mais controlado, diminuindo o risco de várias doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, e doenças cardiovasculares”, destaca Dilda.

Comprovado cientificamente, o exercício traz benefícios para qualquer pessoa em qualquer
idade. “Não só no campo biológico, na prevenção de doenças, mas também no campo
psicológico e psiquiátrico. Por meio do exercício, também tratamos ansiedade e depressão, e
há benefícios intelectuais. Já existem alguns estudos mostrando melhora da função cognitiva,
do desempenho escolar, da sociabilidade e até no campo financeiro. As pessoas que praticam exercício físico de forma regular conseguem ter um desempenho melhor no trabalho, e que costumam ser mais bem remuneradas, das pessoas que não”, afirma o médico.

COMO COMEÇAR A SE MOVIMENTAR
Mas como trocar o sofá pelo par de tênis? Dilda orienta começar aos poucos, continuamente
ou intermitente, de 10 a 15 minutos por dia. O recomendado pela Organização Mundial da
Saúde (OMS) são 150 minutos de atividade física acelerada por semana, ou 75 minutos de
forma intensa, por semana.

Mesmo que não atinja o tempo mínimo semanal, o fato de estar se movimentando já reduz o índice de desenvolver câncer e mortalidade por câncer. Então, às vezes, mesmo sem atingir o tempo ideal, conseguimos, pelo menos fazer alguma coisa, o que já está nos trazendo benefício, pode ser tanto exercício aeróbico como resistido, de força, que
estimula grande grupos musculares. E mesmo para os pacientes com câncer a atividade física é benéfica.

“O exercício físico é tolerado, indica e seguro para os pacientes durante o tratamento oncológico, ou seja, quimioterapia, radioterapia, lógico que se considerando a condição específica, preferências, disponibilidade, e um local apropriado”, orienta o médico.

E é bom ficar atento aos sinais. Na fase inicial, a maioria dos casos é assintomático, mas em
estágios mais avançados a doença pode apresentar alguns sinais, os mais comuns são:
dificuldade para urinar, gotejamento final prolongado, dor ou ardor para urinar, frequência
urinária aumentada ou reduzida e sensação de não esvaziar completamente a bexiga.

Outro fator a se levar em conta: ter um parente de primeiro grau com diagnóstico de câncer de
próstata mais do que duplica o risco de um homem de desenvolver a doença.

Sobre a Care Club
Fundada em 2010 pelo médico do Esporte Gustavo Magliocca e os fisioterapeutas Renan
Malvestio e Cássio Siqueira, a Care Club oferece serviços inovadores para a manutenção da
saúde por meio de planejamento individualizado que contempla atividade física, fisioterapia,
alimentação e atendimento médico preventivo.

São 11 unidades (nove em São Paulo, uma em Piracicaba e uma em Porto Alegre) e mais de 280 especialistas na saúde do exercício e do esporte. A Care Club já atendeu mais de 40 mil clientes pelo País, entre atletas amadores, profissionais e praticantes de atividade física de todos os níveis. Site: https://careclub.com.br/

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