Após declarar apoio a Manato, Neucimar tem esposa exonerada do governo

Casagrande no lançamento da candidatura de Neucimar

A jornalista Karita Iana Fraga, esposa do deputado federal Neucimar Fraga (PP), foi exonerada do cargo que ocupava na Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). A exoneração foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta segunda-feira (10) e acontece três dias após o deputado, que até então era da base do governo, declarar apoio ao candidato ao governo Carlos Manato (PL), que disputa o Palácio Anchieta contra o governador Renato Casagrande (PSB).

Karita exercia um cargo de confiança (comissionado) e era assessora especial da Secretaria de Saúde desde 4 de janeiro de 2019, ou seja, desde o início da gestão. Seu salário bruto era de R$ 6.600.

Na última sexta-feira, Neucimar gravou um vídeo e postou em suas redes sociais declarando apoio a Bolsonaro e Manato. Neucimar é do PP, partido que está na base e na coligação de Casagrande. Não só o partido, mas o próprio Neucimar apoiou o governador no primeiro turno.

O deputado convidou e chegou a contar com a presença do governador Casagrande no evento de lançamento de sua candidatura à reeleição, em 29 de agosto. Porém, embora tenha recebido 39.539 votos, Neucimar não foi eleito – pelo PP entraram Evair com 75.034 votos e Da Vitória com 71.779 votos. Por isso, sua mudança de postura, contrariando o partido, chamou a atenção até dos correligionários, uma vez que ele tinha nomes indicados atuando na gestão.

Nos bastidores, além da esposa, Neucimar também teria perdido um subsecretário de Gestão da Setades, Vitor Otoni, e outros três cargos de confiança que teria indicado no governo.

Mais mudanças

O Diário Oficial (DIO) trouxe mais mudanças no primeiro, segundo e terceiro escalões – secretários, subs e gerentes – do governo. Muitos titulares das pastas entraram de férias para se dedicarem à campanha do segundo turno. Um dos exemplos é o secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, que foi substituído pelo subsecretário Tadeu Marino.

Outros, porém, voltaram, como Givaldo Vieira (PSB), que não conseguiu ser eleito deputado federal e retornou ao seu posto antigo, como diretor-geral do Detran. No DIO, também há diversas mudanças no comando de algumas Ciretrans.