O lado humano da produtividade e competitividade – Reflexões

Muito se fala em tecnologias exponenciais, técnicas futurísticas e recursos de altíssima tecnologia como fatores de transformação da nossa sociedade e sua realidade atual. Estão todos, absolutamente corretos, pois a evolução 4.0 ou X.0 é uma realidade inequívoca, entretanto…

Ainda temos uma massa empresarial, em sua grande maioria, completamente desconectada desta grande revolução, ou melhor, vivendo com dificuldade nos modelos ditos antigos da administração e mesmo nesse estágio observa-se que estas organizações estão com profundas dificuldades em qualidade de processos e serviços, relações deficientes no atendimento aos clientes, gestão administrativa e financeira fraca ou inexistente, gestão de custos sem efetividade, logísticas deficientes e onerosas, enfim as tecnologias básicas não estão dominadas e isso faz com que haja grande mortalidade de negócios

Uma observação detalhada dos 14 pontos de Deming (anos 50) nos revela que ainda hoje sofremos com deficiências gerenciais explicitadas naquela época. Tal situação nos leva a pensar que as tecnologias avançaram de forma contundente, desde os primeiros registros manuais nas cavernas (pré história) até chegarmos ao mundo das fibras óticas, inteligência artificial, internet e aplicativos ultra rápidos e não podemos dizer, infelizmente, que os progressos humanos tenham sido satisfatórios quando comparados com esta tremenda evolução tecnológica.

E o SER HUMANO? Essa é uma pergunta que deve incomodar muitos de nós que buscamos de forma insistente e persistente os melhores resultados de qualidade, inovação, produtividade e competitividade – Não é mesmo?

A INOVAÇÃO que tantos falam (mas não praticam – façam o que eu digo mas não o que eu faço), depende fortemente de pessoas mesclando emoções e conhecimento científico/métodos de gestão, ou seja, “Tudo vem das pessoas” (já falamos sobre isto aqui no Blog em várias ocasiões).

Existe um ponto crucial que me incomoda desde os primórdios da minha experiência no primeiro emprego, como professor e mais tarde como engenheiro mecânico formado pelo Minas Instituto de Tecnologia, hoje UNIVALE: O DESPERDÍCIO!

Fala-se tanto em novas e radicais tecnologias do mundo moderno e nós, sociedade produtora e ou de consumo, continuamos jogando no lixo o que deveria ser preservado. Quando os japoneses começaram a praticar o novo método de gestão preconizado pelo Dr. W. Edwards Deming, Joseph M. Juran, uma das primeiras preocupações foi criar meios de reduzir de forma radical as perdas industriais via “Grupos Pensantes”, CCQ’s, Ferramentas da Qualidade, Técnicas de Engenharia Industrial, programa 5S, entre outras técnicas eficazes na busca de melhores resultados em custos, enquanto se buscava a melhoria contínua, KAIZEN, como base para inovações na empresa.

 

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