Número de mulheres na bolsa ultrapassa 1 milhão
Após seis anos em ciclo de baixa, a taxa Selic voltou a subir em 2021. Pela segunda vez consecutiva, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar a taxa básica de juros da economia brasileira para 3,5% ao ano. Nesse contexto, como investidor e poupador, é importante saber porque isso ocorre e como isso impacta a sua vida e suas aplicações.
Para os produtos de renda fixa pós-fixados, principalmente utilizados para reserva de emergência e reservas de curto prazo, essa é uma boa notícia, pois como falamos anteriormente, eles são indexados ao CDI e acompanham de maneira diretamente proporcional a taxa de juros. Isso significa que se a Selic sobe, o CDI também segue a mesma tendência, e seus investimentos pós-fixados, como poupança, Tesouro Selic, CDB, LCA, LCI, fundos DI, rendem mais.
Em cenários de alta de juros, é preciso ter cuidado com as aplicações de produtos prefixados (Tesouro Pré, CDB Pré, LCA Pré e fundos de renda fixa Prefixado). Priorize as aplicações nesses produtos quando as taxas estiverem bastante superiores às atuais, garantindo de fato uma tranquilidade e uma margem, mesmo se a Selic subir mais do que esperado. Para planejar seus investimentos de forma mais detalhada, você pode acompanhar a projeção de Selic para os próximos anos por meio dos relatórios econômicos de instituições financeiras e pelo Boletim Focus e, a partir desta informação, tomar uma decisão mais consciente.
A taxa de juros é uma das ferramentas utilizadas pelo governo para controlar a inflação e estimular a economia. Quando o governo tem foco expansionista, por exemplo, a redução de juros é utilizada para estimular a circulação de dinheiro, uma vez que o custo de oportunidade em manter o recurso aplicado é menor. E o que isso significa? De maneira prática, se você tiver um investimento, em um banco ou corretora, rendendo 10% ao ano, vai pensar bem antes de resgatar para fazer alguma aquisição de bem ou serviço, caso a taxa de juros atual seja menor. Essa elevação também reflete diretamente no custo do crédito, nos financiamentos imobiliários e de veículos, no crédito rotativo e empréstimos pessoais, que se tornam mais caros, o que gera uma redução no consumo, principalmente de bens duráveis.
Estamos em um cenário de inflação alta, principalmente devido ao fato de injeção de recurso na economia através de auxílio emergencial e consequente aumento de consumo. Porém em função da pandemia, a capacidade produtiva estava menor, o que gerou um desencontro entre demanda e oferta, elevando expressivamente os preços e consequentemente a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Com o intuito de frear o consumo e equilibrar a alta generalizada dos preços, o governo precisou aumentar os juros. Outro fator, é estimular a entrada de capital estrangeiro, pois caso a taxa básica da economia brasileira esteja mais alta, consequentemente se tornará mais atrativa para o investidor estrangeiro “correr o risco” de aplicar seu recurso no Brasil e não em outro país com riscos e prêmios menores.
Resumindo: se Selic sobe, aumenta o custo do crédito e desestimula o consumo pois torna as aplicações em renda fixa mais atrativas e os empréstimos mais caros. O inverso também é válido: as quedas representam menor taxa de crédito, reduções nos rendimentos de renda fixa e estímulo ao consumo.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória