Maio 2020
13
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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Com orçamento bilionário, Ufes não adota aulas à distância

Com a pandemia do novo coronavírus, as aulas presenciais de todo o país foram suspensas. Porém, a tecnologia e o ensino a distância são ferramentas utilizadas para que os estudantes sejam menos prejudicados. Mesmo para alunos sem dispositivos necessários em casa, houve instituições que separaram espaços e salas de aulas isoladas para esses alunos frequentarem as aula.

Apesar dos esforços das instituições privadas para manter o cronograma de aulas, 60% das universidades federais estão sem aulas regulares, incluindo a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). A justificativa no Espírito Santo: “nem todos os alunos teriam recursos suficientes para acessar os conteúdos”, como se não houvesse alternativas para lidar com o problema.

QUEM PAGA ESSA CONTA?

Devido a inexistência de programas para suprir as aulas presenciais, há prejuízos do ponto de vista financeiro. As despesas previstas para o ano de 2020 na Ufes superam o valor de R$ 1 bilhão (quase 40 mil reais por ano investidos por cada aluno), e que estão sendo desperdiçados nesse período sem aulas.

Como mais de 80% do orçamento da universidade capixaba é direcionado ao pagamento de funcionários da ativa e aposentados, a sociedade está sendo obrigada a arcar com a maior parte desse valor mesmo que nenhuma aula seja lecionada no período de quarentena.

Se o serviço já está sendo pago, por que não desenvolver formas de ensino que impeçam alunos de perderem o semestre, tal como diversas faculdades privadas fizeram no Espírito Santo?

O PRIVILÉGIO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR PÚBLICA

Há outro ponto que a agrava a situação: a presença nas universidades públicas é diretamente relacionada à renda. Ou seja, quanto maior os rendimentos, maior a chance de ingresso. Somente 8% dos alunos de universidades federais vem das famílias mais pobres e 46% dos alunos das universidades públicas federais pertencem às famílias com maior renda do país

Os dados são de estudo do Instituto Mercado Popular, usando como base a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE de 2013. Segundo o levantamento, a probabilidade estimada de um jovem com renda familiar per capita de R$250 ao mês ingressar na universidade pública é virtualmente nula: cerca de 2%.

E os servidores da Ufes também concentram altos ganhos: o rendimento médio no Espírito Santo é de R$ 1.476,55, segundo o IBGE, a média salarial na Ufes é de R$ 13.140. Em resumo, o capixaba médio continua financiando a educação da classe mais alta e salários nove vezes superiores aos seus– só que dessa vez sem ninguém estudar.

ALTERNATIVAS À UFES SEM EAD

Enquanto os alunos da Ufes estão com risco de perder o semestre, apesar dos pagadores de impostos continuarem pagando os custos da universidade, as instituições privadas do estado estão mantendo suas aulas pela EAD. Atualmente, 4.100 capixabas estudam em 39 faculdades particulares do estado por meio do Nossa Bolsa, e sem risco de perda do semestre. O custo anual é de R$ 29 milhões e atende de fato às pessoas mais vulneráveis.

A Ufes deveria aderir ao EAD para não deixar os alunos sem aulas. Com a incerteza de quando poderemos voltar às atividades normais, os tomadores de decisão precisam avaliar as saídas necessárias para esse impasse o quanto antes, sob pena de prejudicar os alunos e onerar ainda mais a sociedade.

Cartão Inspira EmpreendedorES apoia informais afetados pela crise– saiba como apoiar

Por Aridelmo Teixeira | Neste momento de crise em decorrência da pandemia do novo Coronavírus, os mais afetados foram os pequenos empreendedores informais (vendedores de picolé, pipoca, pastel de feira, pães, doces, artesões, diaristas e similares).

Em decorrência do isolamento social decretado pelos governantes essas famílias perderam toda a sua renda, ficando sem condições de comprar o básico para alimentação e higiene.

Com o propósito de ajudar esses pequenos empreendedores informais, foi criado o Cartão Inspira EmpreendedorES. Onde será fornecido um cartão alimentação com a bandeira do SICOOB, sem nenhum custo de taxa ou tarifa. Os cartões têm um crédito R$ 200,00 para cada família.

Você pode colaborar. As doações pode ser feitas por meio de transferência bancária para a conta do Instituto Fucape de Tecnologias Sociais ou via PicPay.

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Grande Vitória registra deflação– entenda

O índice de preços da Grande Vitória registrou uma queda de -0,09% em abril, contra +0,12% de março, ou seja, registramos uma deflação. A informação é do IDEIES/FINDES.

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Esse fenômeno é o contrário da inflação, o aumento generalizado de preços na economia.

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Pandemia contribui

A deflação revela uma redução no consumo (que reduz preços) provocada pela paralisação e distanciamento social. Setor de transportes foi o que mais contribuiu.

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