Por Ricardo Frizera | Segundo a pesquisa de opinião empresarial da Findes/Ideies de 2020, 90% dos empresários capixabas que planejavam realizar investimentos em 2020 cancelaram ou alteraram de alguma forma a operação — e 43% das empresas afirmou já ter demitido algum funcionário. Contudo, algumas empresas capixabas estão, na contramão da crise, investindo e contratando. Dentre elas o Grupo FIMAG, especializada em engenharia de projetos. Sobre as características da resiliência empresarial em meio à crise, conversamos com Rômulo Barreto, CEO da FIMAG.
Com quase 40 anos de atividades, o grupo FIMAG é especializado em produzir equipamentos e estruturas metálicas de grande porte. Inicialmente, o foco da companhia era na produção de máquinas agrícolas, mas logo iniciou a produção de estruturas metálicas com contratos com siderúrgicas e mineração nacionais de grande porte.
A empresa hoje é a terceira maior da América Latina no segmento, com mais de 25.000 equipamentos fabricados e montados e 45 patentes em linha de produção, 4.000 clientes e capacidade produtiva de mais de 400 toneladas/ mês.
Segundo o CEO da FIMAG, Rômulo Barreto, ao longo das décadas, a empresa construiu um legado de produtos de qualidade e alto padrões em segurança do trabalho, o que proporciona mais resiliência durante tempos de atividade econômica recessiva.
“Mesmo durante a pandemia, seguimos crescendo e fechando contratos estratégicos com empresas de grande porte. Na minha visão, isso é possível graças a uma gestão ativa e vontade de trabalhar independente do cenário. Como gestor, costumo dizer que erro apenas uma vez. É necessário ter seriedade com sua palavra e disciplina”, pontua Rômulo.
Com relação aos números, o CEO revela que, frente às novas demandas, a FIMAG irá contratar 300 funcionários e realizar investimentos em novas plantas industriais em Linhares, no polo VTO, e em Rio das Ostras (RJ), com foco nas atividades offshore. Para esse novo momento, ele afirma que está buscando profissionais polivalentes e com caráter.
“Atualmente, nenhuma empresa contrata profissionais que sabem desempenhar apenas uma tarefa. É preciso ser proativo e transitar pelos diversos setores da empresa. É incompreensível que a Justiça do Trabalho queria enxergar isso como desvio ou acúmulo de funções, obviamente no mesmo campo de atuação. Isso atrasa nossa economia. Tem que mudar. O profissional polivalente, com visão holística do negócio, é o mais valorizado atualmente”.
Um dos grandes vilões de uma falta de gestão eficiente dentro de uma corporação é a falta de comunicação entre o líder máximo e os seus liderados […], um dos grandes vilões de novas ideias.
Quando a pessoa interrompe a outra falando, todos perdem: tanto o profissional que poderia sugerir uma boa ideia como o superior, que perde a oportunidade de criar uma cultura de inovação para atuar em meio a um mercado tão competitivo, que demanda criatividade a todo momento.
O Google, por exemplo, tem como cultura um estímulo gigantesco pela criatividade e inovação, dando liberdade aos colaboradores para contribuírem como novas ideias. Com isso, a empresa ouve, responde e se adapta às demandas sugeridas pelos profissionais.
Muitas boas ideias dentro das empresas podem ser produzidas pelo simples ato de ouvir por parte dos líderes.
*Dant Nicchio é empresário do ramo de Hotelaria e bacharel em Relações Internacionais pela UVV
Um consórcio formado pelo Bandes e Banestes vai financiar cerca de R$ 40 milhões para a Imetame Energia, de Aracruz. Os recursos serão utilizados para o pagamento à Petrobras dos direitos de exploração dos campos terrestres arrematados pela empresa capixaba.
A Imetame Energia adquiriu, junto à Petrobras, a totalidade de participações nos campos terrestres do polo Lagoa Parda, no Espírito Santo, por US$ 9,3 milhões.
“Precisamos ter os bancos ativos e presentes no desenvolvimento do Estado. Não há sociedade desenvolvida sem indústria forte. A indústria cria demanda derivada, gera oportunidades e estimula toda uma cadeia de fornecedores”, disse Léo de Castro.
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