Jun 2021
15
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

Jun 2021
15
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

"Espírito Santo é visto como provinciano, mas deu origem a grandes negócios", diz Wanick

Mundo Business: Como foi o ponta pé da sua vida profissional?

Paulo Wanick: Comecei minha vida profissional no Banco Itaú, na área de câmbio. A economia sempre me fascinou e via o câmbio como uma área mais sofisticada. Mas percebi que minha função no banco ficava limitada e eu queria uma função mais diversificada.

Em um processo de seleção da atual PwC [multinacional de consultoria e auditoria] em Vitória fui aprovado, que até então era pequeno, e tive oportunidade de trabalhar em inúmeras áreas: siderurgia, agronegócio, granito, transportes, serviços médicos.

Mundo Business: Antes de se firmar em Vitória, você já morou em SP e exterior. Como foi essa experiência?

Paulo Wanick: Fui convidado para ir pra São Paulo, trabalhar na área de fusões e aquisições da PwC e namorei uma oportunidade de ir para o exterior. Foi nesse momento que surgiu a oportunidade de voltar pra Vitória para a CST (Companhia Siderúrgica de Tubarão), que era meu cliente desde a consultoria, e que eu acompanhei durante todo o processo de privatização. Sempre tive muita admiração e carinho pela empresa. Voltamos para Vitória e assumi um cargo executivo na CST.

Mundo Business: Como você enxergou o retorno ao Espírito Santo?

Paulo Wanick: Muitos pensam que o ES é um estado provinciano, mas daqui surgiram boas ideias e grandes negócios. Na época a CST passou por um processo vertiginoso de crescimento e implementação de novas práticas na siderurgia.

Mundo Business: Como foi o processo para chegar ao cargo de diretor financeiro de uma das maiores siderúrgicas do mundo?

Paulo Wanick: Fui convidado para ir pra Luxemburgo onde fica a sede da ArcelorMittal e no retorno assumi uma gerência que era considerada o braço direito do CFO [diretor de finanças]. A partir daí, foi uma ascensão natural.

Wanick assume presidência do IBEF-ES e se dedica ao ambiente de negócios do ES

Mundo Business: Durante sua trajetória na ArcelorMittal, quais foram as principais iniciativas em inovação e ESG [sigla em inglês para meio ambiente, social e governança]?

Paulo Wanick: Temos o Programa iNO.VC, que deu origem ao hub de inovação da ArcelorMittal Tubarão. Um pilar central da nossa agenda é a sustentabilidade. Criamos o programa Evoluir em um compromisso firmado com autoridades pública, o qual prevê investimento total de R$ 1,2 bilhão de reais em iniciativas de sustentabilidade ao longo de 5 anos. Além disso, estamos lançando o app Evoluir ArcelorMittal, onde temos todas as nossas mais de 300 iniciativas apenas na ArcelorMittal Tubarão, em Vitória.

Mundo Business: Você também e diretor do ES em Ação e presidente do IBEF-ES (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças]. Como você lida com essa agenda?

Paulo Wanick:  Recebi um convite do Wagner Chieppe pro ES em Ação, e eu disse que não tinha tempo. Mesmo assim, ele insistiu para eu entrar porque pessoas ‘sem tempo’ realmente estão envolvidas e entregando resultados.

Assumi a presidência do IBEF/ES. O instituto passou por uma mudança nacional e aqui no estado também fizemos essa reformulação. Trouxemos muitos jovens, renovamos a diretoria e queremos fomentar o ambiente de negócios no Espírito Santo.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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