Empreender é sobreviver!

Marcelo: Empreender é sobreviver. Na minha visão, o ser humano já nasce com uma veia empreendedora, querendo gerar valor a algo ou alguma relação de forma que lhe traga mais benefícios. Essa é uma forma de aumentar o bem-estar da nossa sociedade como um todo. O empreendedorismo é algo necessário para a sobrevivência e felicidade do ser humano. Sempre estamos buscando algo que nos traz mais satisfação. E sem essa prática, entraremos em um estado retrógrado. Mas o que vocês pensam sobre isso?

Lucas: Estou 100% de acordo e digo mais, se pensarmos da forma mais ampla possível, fazemos isso desde que saímos da barriga de nossas mães. Tem a ver com sobreviver, com ter criatividade e com buscar o melhor caminho para fazer. Em termos de executar e fazer negócios, não necessariamente isso se aplica a todos, mas sem dúvida alguma, no sentido mais amplo, empreender é da natureza humana.

Francisco: É da natureza, mas nem todos empreendem. Se olharmos de um ponto de vista histórico, por exemplo, algumas civilizações empreenderam mais que outras. Que descobriram novas tecnologias e construíram cidades. Por outro lado, ainda na história recente, muitas sociedades viviam da caça e da coleta. Portanto, todos tem a capacidade, mas nem todos colocam o empreendedorismo em prática.

Lucas: Mas levando em conta a natureza humana e as nações que empreendem mais ou menos, qual a relação entre empreender e ter liberdade para empreender com a evolução da sociedade e dos indivíduos?

Francisco: Na minha visão, liberdade e empreendedorismo não estão apenas relacionados, mas ser livre é um pressuposto para empreender. Para ter criatividade, ter novas iniciativas e gerar valor, ela precisa de liberdade.

Lucas: Vemos uma relação de via de mão dupla, mas vemos também um ciclo virtuoso. Isso porque a partir do momento em que você começa a empreender, você gera mais liberdade para terceiros.

Marcelo: Além disso, conseguimos criar um link entre empreendedorismo, liberdade e pobreza. Os países com maiores liberdades individuais, seja econômicas, políticas e outras, possuem um número entre 1,9% e 2,3% da população na condição de pobreza. Por outro lado, os países com menores liberdades individuais e econômicas variam entre 30% e 48% da população na pobreza. As pessoas apenas se sentem livres para criar, empreender e ganhar dinheiro se possuírem incentivos para isso. E isso está diretamente ligado com a liberdade.