O Espírito Santo é o maior produtor de rochas ornamentais do Brasil, respondendo por mais de 80% das exportações nacionais. Apesar da relevância econômica das vendas para o exterior– que no primeiro semestre geraram uma receita de US$ 634 milhões para as pedreiras brasileiras– o mercado interno vem ganhando espaço no planejamento das indústrias de rochas. A capixaba Gramazini anunciou que o volume de vendas nacionais praticamente dobrou nos primeiros seis meses de 2022, com relação ao mesmo período do ano passado.
Nos seis primeiros meses deste ano, o Brasil exportou mais de 1 milhão de toneladas de rochas ornamentais. Com base nesse dado, o Centrorochas calcula que o setor nacional tenha movimentado o triplo de rochas no primeiro semestre deste ano, ou seja, cerca de 3 milhões de toneladas.
Em algumas indústrias capixabas de rochas ornamentais, o mercado interno vem sendo um destaque. A Gramazini, que é tradicionalmente uma exportadora, comemorou um aumento significativo nas vendas para o mercado interno– um braço que vem ganhando cada vez mais espaço dentro da companhia.
Por lá, as vendas nacionais no primeiro semestre de 2022 cresceram 89% comparado aos seis primeiros meses de 2021, ou seja, quase dobrou o volume de comercialização para o mercado brasileiro. “O mês com menor crescimento superou em mais de 50% as vendas do mesmo mês do ano anterior”, comemora Daniel Assunção, gerente comercial da Gramazini para o Brasil
Segundo Daniel, em meio a um mercado imobiliário aquecido,os brasileiros estão aumentando a procura por pedras naturais, em busca de um acabamento mais sofisticado para seus imóveis. Mas isso não é uma tendência apenas para o mercado de alto padrão: até mesmo imóveis menos nobres estão aderindo às rochas naturais.
“As pedras naturais conseguem atender a diversos segmentos. Existem clientes mais capitalizados que querem rochas nobres para dar um acabamento luxuoso até construtores de imóveis populares que fazem questão de utilizar acabamentos com esse material”, acrescenta o gerente da Gramazini.
O Espírito Santo teve um papel relevante no aumento das vendas de rochas ornamentais da Gramazini. Grandes obras como o Parque Cultural Reserva Vitória utilizaram esse material na construção. Também é o caso de mansões de alto padrão nos bairros mais caros da cidade.
“Alguns clientes investem mais de R$ 1 milhão em rochas na construção de sua casa. Hoje, fornecemos materiais para oito casas de alto padrão nas ilhas do Boi e do Frade, que têm orçamentos altos de rochas, inclusive com materiais semipreciosos”, completa Daniel.
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