O Espírito Santo foi berço de empresas da economia tradicional que ganharam relevância nacional e global– celulose, siderurgia, mineração, comércio exterior e metalmecânica. Nos últimos anos, porém, as empresas da nova geração, com modelos de negócio ligados ao digital, aproveitando-se das novas tecnologias, surgiram como nova alavanca para diversificar a economia do estado. A seguir, listamos empresas promissoras da economia tradicional e da nova geração que vamos ficar de olho em 2024, principalmente pelo perfil arrojado de criação de novos negócios, que as levam a um crescimento maior do que a média do mercado.
5- Grupo Fortlev
A líder em caixas d’água no Brasil já não vende mais “só” caixa d’água. Ela diversificou a atuação em outros setores, como tubos e conexões, utilidades plásticas e energia solar, e tem atuação nacional pujante, com oito fábricas espalhadas pelo país.
O Grupo também teve uma atuação relevante no mercado imobiliário nos últimos anos, com destaque para o desenvolvimento de galpões logísticos no Espírito Santo. Não é raro você visitar algum país da América Latina, como Chile ou Argentina, e encontrar a marca do grupo estampada sobre as casas.
4- Timenow
A capixaba Timenow é uma das maiores empresas de engenharia consultiva do Brasil, que, na prática, apoia empresas de setores como construção, mineração e celulose na implementação de novos projetos e manutenção de plantas industriais. A Timenow está caminhando para faturar R$ 1 bilhão por ano até 2030, mas deve atingir essa marca antes disso.
Foi reconhecida no ano passado pela sua pujança no tema inovação, pareando no ranking 100 Open Startups com gigantes como Ambev e iFood. E não foi por acaso. A TimeNow foi uma das seletas empresas brasileiras que teve sucesso na sua estratégia de Corporate Venture Capital– adquirir participação em startups que geram valor para seus clientes– e Corporate Venture Builder– criar produtos tecnológicos internamente para servir aos seus clientes. Nos últimos anos, a Timenow investiu R$ 11 milhões em empresas inovadoras e planeja injetar outros R$ 5 milhões em 2024.
3- High Company
Quando o assunto é ‘streetwear’ brasileira, dificilmente a capixaba High Company não faz parte do diálogo. A marca de roupas inspirada na cultura do skate e das ruas foi criada em 2012 por Diogo Roccon em Vitória, no Espírito Santo, e teve um crescimento rápido nos últimos anos, apostando no poder do digital e da viralização para esgotar lançamentos em segundos.
Muito além do sucesso no Brasil, a High atingiu relevância global nos últimos anos. Artistas como Justin Bieber e Chris Brown já foram vistos utilizando suas peças e contribuíram ainda mais para o ‘hype’ da marca. Essa trajetória culminou em uma parceria oficial com a Disney, incluindo em suas peças personagens como o Mickey Mouse e Pluto.
2- Wine
Fundada pelo baiano Rogério Salume, a Wine é outra empresa do Espírito Santo que está próxima de atingir um faturamento bilionário. A Wine foi concebida como um clube de assinatura de vinhos e se tornou o maior do mundo, com cerca de 400 mil membros, com presença também no méxico. A empresa diversificou seu negócio para o ‘offline’ e também se tornou a maior importadora de vinhos do Brasil, colocando seus rótulos nas prateleiras de supermercados e cardápios de restaurantes em todo o país.
Entre janeiro e setembro de 2023– último resultado divulgado– a empresa faturou R$ 550 milhões, sendo metade de canais digitais. Apesar de ter nascido como startup e ter um modelo de negócio disruptivo, a Wine já é um negócio lucrativo.
1- Apex Partners
A Apex Partners, plataforma de investimentos e soluções financeiras, está avançando com seu plano de expansão para liderar a construção de um ecossistema de mercado de capitais fora do eixo Rio-São Paulo: os mercados regionais brasileiros. Para isso, fez três M&As (fusões e aquisições) para ampliar seu portfólio de serviços e expandir para a região Sul do país, nos estados de Paraná e Santa Catarina.
A Apex fechou 2023 com R$ 8 bilhões em ativos sob supervisão, uma alta expressiva de 260% em um ano, e lançou três fundos imobiliários com teses de residenciais de alto padrão, logística e loteamentos que somam R$ 1,3 bilhão. Ainda estruturou um fundo para adquirir uma participação no Shopping Vitória, e adquiriu uma gestora de recursos, a Carbyne, cujo principal fundo entregou uma rentabilidade de 35% (!) em um ano e foi destaque nacional na indústria.
Longe de ser exaustiva, essa lista também faz uma menção honrosa aos seguintes nomes, que devem continuar anunciando novidades, expansões, investimentos e recordes de faturamento, e principalmente, aumentando a sua relevância no ecossistema local:
MedSênior
IMETAME
Extrafruti
Grupo Águia Branca
CESAN
Grupo Incospal
NAZCA
Grupo Buaiz
Em breve teremos uma segunda versão desse conteúdo, trazendo outras cinco empresas capixabas promissoras para o ano de 2024.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória
