Mar 2024
22
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

Mar 2024
22
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

Parte da carteira de clientes da Clarke está na indústria capixaba de rochas

A aquisição do controle da Clarke mostra o interesse da Energisa no mercado livre de energia. Ao contrário do mercado cativo– em que consumidores residenciais e comerciais de pequeno porte consomem energia apenas da concessionária– o mercado livre permite consumidores de maior porte acessarem outras geradoras, com um valor até 40% mais barato.

A partir de 2024, é esperado que a demanda por contratação de energia no mercado livre cresça de forma mais acelerada. Este ano foi marcado pela abertura dessa modalidade para consumidores de média e alta tensão, que engloba uma série de empresas de médio e pequeno porte com uma conta de energia a partir de R$ 9 mil. Antes, apenas empresas de maior parte poderiam fazer a livre escolha do fornecedor de eletricidade.

Após a aquisição, a Clarke continuará atuando de maneira independente como uma gestora de mercado livre de energia, realizando cotação com sua rede com 60 fornecedores parceiros, que inclui a Energisa.

A Energisa comprou a participação de todos os sócios investidores, como o fundo Canary, a siderúrgica CSN e a EDP, permanecendo apenas os fundadores Pedro Rio e Victor Copque.

Para o CEO da Energisa, Ricardo Botelho, a expansão no Espírito Santo é uma tendência natural e a união entre as empresas deve contribuir para isso. Em linha com a tese de investir no desenvolvimento do estado, o grupo centenário também aposta na Clarke como principal canal digital para a expansão do mercado livre de energia.

“A chegada da Clarke ao Grupo Energisa representa um passo significativo para a ampliação da oferta de soluções ainda mais inovadoras e eficientes, garantindo uma experiência mais satisfatória e personalizada para os clientes da Energisa e da ES Gás no Espírito Santo. Entendemos esse passo como uma possibilidade de aprendizado e de ofertar tendências no mercado de energia, tendo sempre em vista a nossa visão de protagonizar a transformação energética do Brasil”, afirma Ricardo Botelho, CEO da Energisa.

Hoje, a Clarke atende 300 empresas, que vão do Flamengo ao Burger King, ainda que boa parte da carteira esteja na indústria capixaba de rochas ornamentais. Elas consomem cerca de 200 GWh por ano, consumo equivalente a cerca de 20 mil residências por ano.

Pedro Rio, co-fundador da Clarke, afirma que o próximo passo no Espírito Santo– onde o serviço da startup foi inaugurado– é atender novos clientes em setores que vão do agronegócio à indústria.

“Enxergamos toda a potencialidade que as empresas capixabas possuem, e isso não se restringe somente ao setor de rochas, mas também ao setor moveleiro, logístico, cafeicultor, metalurgia e muitas outras vocações do estado. Ao migrar para o Mercado Livre de Energia, a empresa economiza até 40% na conta de luz, o que permite que mais recursos sejam direcionados a outros setores que permitem a evolução do negócio”, analisa Pedro Rio, CEO da Clarke.

Veja também

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

Pular para a barra de ferramentas