ENTREVISTA GOURMET

A minha entrevista deste domingo é com a personal cook Fernanda Stoffel. Ela é formada em gastronomia e vai falar um pouco sobre o trabalho que desenvolve e a paixão pela profissão.

Como foi o seu encontro com a gastronomia?
Meu encontro com a gastronomia foi ainda criança. Eu via minhas tias fazendo comida no fogão a lenha, quando a cozinha era o lugar mais querido e gostoso da casa. Começou aí. Já aos cinco anos lembro-me de ajudar minha mãe fazendo bolos, biscoitinhos de nata, etc.

Teve influência de alguém?
Sim, além da minha família tive uma grande influência do meu marido, que me apoiou e incentivou para o curso.

O que faz uma Personal Cook?
O Personal Cook é um profissional formado na área de gastronomia que presta consultoria domiciliar ou profissional, onde ensina aspectos como: organizar uma cozinha, dicas de como comprar e armazenar os alimentos, prática de cortes, de cocção, elaboração de cardápio, etiquetas para jantares formais e informais. Isto é, preparar os alimentos de uma maneira elaborada, saudável e sempre bem apresentados, com a preocupação de evitar desperdícios e usando materiais acessíveis a cada um.

Quais são as principais dúvidas dos clientes?
Os clientes, muitas vezes, sabem que precisam de ajuda para aperfeiçoar a forma como elaboram e armazenam os alimentos, principalmente quando este trabalho é feito por uma secretária do lar. Mas, muitos questionam como isso será feito e se o custo é muito alto. O mais importante é esclarecer que o custo-benefício é o que interessa neste caso. O valor compensa quando a alimentação melhora e a economia é feita dentro da cozinha. Qualquer pessoa pode ter um Personal Cook e adaptá-lo ao orçamento doméstico, variando de acordo com as necessidades de cada cliente.

Que dicas você pode passar para quem não quer fazer feio na cozinha?
Sempre se organizar com antecedência quando for recepcionar alguém ou elaborar algo para a família.  A pressa é sempre a maior inimiga da perfeição, principalmente na cozinha. Para quem não tem muita prática, optar por um menu mais simples. O “feijão com arroz” bem feito é mais eficaz que um pato confitado ( prato francês feito com a perna do pato) mal preparado. Sempre lembrando que cozinhar é ter carinho e capricho no que está fazendo.

Qual foi a sua maior descoberta na culinária?
Descobri na prática que a gente é o que come. Sabendo combinar os alimentos de maneira mais saudável e substituindo o sal por temperos naturais foi uma das melhores lições que tive na cozinha. Foi revelador algumas combinações que não conhecia antes da minha profissão. Além disso, descobri na culinária o poder de sedução que as receitas provocam quando elaboro algo especial. Meu marido que o diga, rs…

Você também mantem a ordem na sua casa?
Sim, oriento a minha secretária e faço questão que tudo esteja em ordem. Sou mais exigente na cozinha e cuido dela, muitas vezes, pessoalmente. O resto confio a minha funcionária Cláudia que já foi treinada e sabe fazer tudo do jeito que gosto.

O que não pode faltar na sua cozinha?
Faço receitas com o que tiver na geladeira, inclusive quando sobram apenas alguns ingredientes antes da próxima compra, sempre invento algo. Mas, o que não pode faltar são meus temperos, que colho na minha hortinha, como salsinha, cebolinha e manjericão. Além de ingredientes básicos da culinária brasileira como alho, cebola, urucum, entre outros. E, claro, convidados para a minha mesa. Adoro!

Que utensílios são imprescindíveis?
Uma boa faca e tábua. Além de uma boa frigideira para grelhar os alimentos. O resto a gente dá um jeito de se adaptar…

Seu prato predileto…
Receitas com frutos do mar. Um simples camarão VG alho e óleo ou mesmo a nossa querida moqueca capixaba já me deixam com água na boca.

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