Por Ricardo Frizera | De produções artesanais a comerciais, jovens mulheres estão colocando a cara nas redes sociais para se conectar com o público e atrair mais clientes. Esse foi o caso de Anna Clara Deps, uma das sucessoras das lojas Magia do Mar, que desenvolveu a Almar, linha de roupas de banho voltadas para o público feminino jovem. Com o sucesso da primeira linha, a Almar pode se tornar um spin-off, isto é, uma nova empresa criada dentro do negócio existente e já consolidado da Magia do Mar, dirigida por seu pai, o empresário Anderson Deps. Sobre o empreendedorismo feminino, conversamos com Anna Clara Deps.
Durante a pandemia, as redes sociais foram inundadas por jovens, em sua maioria mulheres de 18 a 25 anos que tiveram a iniciativa de produzir e vender algo.
Com perfis que vendem roupas, roupas de banho, acessórios, pijamas, maquiagem, entre outros, elas deram uma aula de empreendedorismo com marcas engajadas em diferentes propósitos (feminismo, espiritualismo, meio-ambiente) e comunicação assertiva.
Anna Clara Deps, criadora da linha Almar, explica que essa explosão de e-commerces ocorreu porque “as mulheres perceberam que é possível criar uma loja online sem grandes investimentos e sofisticação tecnológica: basta um perfil bem construído e engajado no Instagram”.
Anna Clara está nesse grupo de empreendedoras: ela se apropriou de um perfil no Instagram e da estrutura da empresa familiar, a Magia do Mar, para lançar sua própria linha de roupas de banho, a Almar. A ideia nasceu com o desejo de alcançar o público jovem, já que a Magia do Mar, segundo ela, é voltada para mulheres mais maduras.
“Senti a necessidade de me conectar com um público com perfil jovem, semelhante ao meu, e fidelizar a consumidora na Magia do Mar desde cedo. E isso não exige apenas criar uma linha de bikinis ideal, mas criar uma marca que a jovem sente vontade de conhecer e consumir”, afirma Anna Clara.
Ela diz que deseja transformar a Almar em um spin-off da Magia do Mar, mas que seja adaptado ao ‘novo normal’. Ela afirma que descartou a possibilidade de abrir lojas físicas, e quer investir em vendas online e em um e-commerce mais humanizado.
“Queremos investir em tráfego digital e e-commerce. Essa combinação tem rendido retornos maiores e mais rápidos que na venda física”, afirma.
*em colaboração com João Flávio Figueiredo
Lívia Vasconcellos, 21 anos, também é uma das mulheres que decidiu empreender online e teve sucesso no negócio. O que era uma oportunidade de lucrar com revenda de materiais de papelaria em uma viagem ao exterior se tornou uma oportunidade de empreender. Hoje, Lívia é proprietária da Lojinha da Lívia (@lojinhadalivia), um e-commerce de materiais de papelaria premium com mais de 200 mil fãs no Instagram.
“Comecei vendendo produtos de papelaria diferenciados, porque existe uma grande demanda por eles e as papelarias tradicionais não conseguem atender a esse público mais exigente. Comecei com um estoque na varanda de casa e hoje temos um espaço de 400 metros quadrados em Vila Velha”, conta Lívia.
Ela, que desistiu da faculdade de direito para empreender, hoje está à frente de um negócio que cresceu 700% durante a pandemia e recebe mais de 4 mil pedidos por mês. “O diferencial da Lojinha da Lívia é mostrar para o cliente exatamente o que ele está comprando e porque está pagando mais por um produto premium. Também é importante ter um relacionamento próximo e ter credibilidade nas recomendações”, explica.
Além da papelaria online, Lívia também ensina pessoas a abrirem suas lojas online através de um curso digital. No futuro, ela enxerga a possibilidade também de ter lojas físicas além do e-commerce, para atender o público “esquecido” pelas papelarias tradicionais.
Na Rede Vitória de Comunicação, as mulheres também são destaque: os três principais cargos comerciais da companhia estão com elas — Giselle Alves (Superintendente Comercial da Rede Vitória), Mayra Colares (Coordenadora do Folha Vitória) e Isabella Fernandes (Coordenadora da TV Vitória). Trio de sucesso.
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