Maio 2021
31
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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porRicardo Frizera

O problema diagnosticado pela empresa

Um dos fundadores e CEO da Sanus, Henrique Siniscalchi, conhece bem o mercado de saúde corporativa, gerenciando mais de 1 milhão de vidas em sua própria corretora, TBI Seguros, posteriormente incorporada ao grupo Case.

Ele ressalta que os funcionários e dependentes atualmente recebem apenas a sua carteirinha do plano de saúde e nada mais. Uma pesquisa recente feita pela Society for Human Resource Management mostra que 76% dos beneficiários de planos de saúde corporativos não entendem a composição de seus benefícios e, em função disso, acabam não utilizando tudo o que teriam direito, ou seja, não há um acesso real aos benefícios.

Além disso, geralmente quando o funcionário tem alguma dúvida sobre seu plano de saúde ele recorre ao setor de recursos humanos (RH) da empresa para obter a resposta. Isso deixa o processo lento e acaba sobrecarregando a equipe de RH.

 Siniscalchi também destaca que alguns funcionários não tiram suas dúvidas com o RH por medo ou por vergonha e acabam não utilizando os benefícios que teriam direto.

Dessa forma, não existe um trabalho preventivo e quando algum problema de saúde aparece já é tarde, prejudicando a qualidade de vida do funcionário e tornando o plano mais custoso.

Com aporte capitaneado pela Apex Partners, Sanus quer ter 10 mil vidas sob gestão

Partindo desse diagnóstico, os fundadores da Sanus tiveram a ideia de criar uma plataforma omnichannel, conectando as empresas com os serviços por meio de canais de comunicação online, possibilitando ao colaborador encontrar, entender e acessar os cuidados com a saúde. Os funcionários terão um aplicativo e uma equipe de health coach à sua disposição e o RH terá um dashboard com automação de processos operacionais e informações de saúde e de utilização dos seus colaboradores.

“A nossa vivência neste mercado há mais de 10 anos nos mostrou um gap muito grande entre a empresa e seus funcionários e dependentes. Entendemos uma oportunidade para estar junto ao beneficiário para ajudar, ensinar e participar no dia a dia de sua saúde, e ao mesmo tempo entregar tecnologia, automação e reduzir  custos para as empresas”, explicou Henrique Siniscalchi.

Vale ressaltar que a Sanus opera em um modelo B2B (Business to Business), ou de empresa para empresa. Assim, ela cobra uma pequena mensalidade pela plataforma e seus clientes ideais são empresas com mais de 500 colaboradores.

“Com a pandemia, ficou claro para nós que saúde e bem-estar são princípios fundamentais para o desempenho empresarial”, diz Fernando Strabelli, COO da Sanus, hoje à frente do desenvolvimento e produto.

Segundo Felipe Caroni, gerente de Private Equity e Venture Capital da Apex Partners, outro ponto relevante é que a Sanus não disputa espaço com as corretoras e inclusive pode trabalhar em parceria, pois oferece um serviço de gestão de saúde corporativa que as corretoras não possuem.

A expertise dos fundadores também contribui para o potencial da startup. Um deles, Felipe Lacerda, investidor estratégico da Sanus, é responsável por programas de bem-estar de mais de mil empresas com a BeeCorp, com uma experiência extensa em saúde e bem-estar. Já Fernando Strabelli atuou como executivo de grandes empresas como BTG Pactual, GP Investimentos, Oracle e posteriormente fundou startups como a Bornlogic e Botmaker, com ampla experiência em tecnologia e negócios.

Ao enxergar o potencial de crescimento da Sanus, a Apex Partners estruturou junto aos seus clientes um investimento de R$ 1 milhão para acelerar o crescimento da startup, que ao longo de 2021 tem o objetivo de ter mais de 10 mil vidas sob gestão

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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