Out 2021
16
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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Pacheco atribuí alta de combustíveis à "falta de estabilidade"

No painel, que contou com a presença também do governador Renato Casagrande (PSB), ao ser perguntado se no rol de soluções políticas para diminuir o custo dos combustíveis estaria a privatização da Petrobras, Pacheco descartou a ideia.

“Essa discussão de privatizar a Petrobras não deveria vir agora. O problema do preço do combustível envolve, sobretudo, estabilidade. O Brasil precisa de estabilidade, inclusive estabilidade política. Todos estão propondo soluções diversas e podiam contribuir também com a estabilidade no país. Com isso teremos um câmbio mais palatável e tolerável. Esse é o primeiro ponto: estabilidade e mecanismos próprios de contenção de inflação e de câmbio”, afirmou.

Dessa forma, indiretamente Pacheco atribuiu a alta dos preços ao próprio presidente Bolsonaro. Embora tenha descartado no evento, o parlamentar é frequentemente apontado como possível candidato para as eleições presidenciais de 2022, um movimento que poderia incluir eventual mudança de partido para o PSD.

Vale lembrar que o preço do barril do petróleo está na máxima histórica desde 2014, algo que além do câmbio desvalorizado contribui para a elevação de preços.

Entre as possíveis soluções para a alta de mais de 50%, Pacheco defendeu “maior participação da Petrobras”.

“Ela tem que dividir um pouco com a sociedade brasileira, e não só forçando a barra o tempo inteiro para a distribuição de dividendos para acionistas, e ser parte da solução do problema. Não que o problema seja dela e só dela. Mas ela pode ser um agente fomentador de solução inclusive com uma forma de participação ativa na contenção do preço do combustível. Inclusive com a participação dos dividendos pela sociedade do Brasil”, reforçou.

A declaração abre espaço para uma rediscussão da política de preços da Petrobras, e chama a atenção em virtude de controles de preços praticados no governo Dilma terem retirado a capacidade de investimento da Petrobras. Vale lembrar que a estatal foi condenada em ação civil pública nos Estados Unidos por lesar acionistas em virtude da prática.

A União, como social majoritária, recebeu apenas neste ano mais de R$ 15 bilhões em dividendos. Entre as opções, estaria eventual programa social com este dinheiro, o que não prejudicaria a governança da empresa.

 

Mudança na cobrança de impostos nos combustíveis

Ainda em meio à discussão da crise dos combustíveis, na quarta (13) a Câmara aprovou projeto com mudança nas regras de incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Apesar de apontada como forma de diminuição de valores em 2022, estados e municípios se opõe, pois a medida representaria perda de arrecadação.

No evento, o governador Renato Casagrande afirmou que apenas o ES perderia R$ 729 milhões.

Em virtude disso, Pacheco defendeu o diálogo para auxiliar na redução dos combustíveis, mas sem gerar “prejuízo excessivo aos entes federativos”. O tema ainda chegará ao Senado.

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