Jun 2021
8
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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porRicardo Frizera

A trajetória de Felipe Fioroti no mundo do entretenimento

Mundo Business: Como você iniciou sua trajetória como produtor de eventos?

Felipe Fioroti: Desde a adolescência organizava festas em casa com a label ‘Festa do Porão’. Também fui DJ nessa pré-história da minha trajetória de produtor de eventos. Durante dois anos, me concentrei em estudar para o vestibular da Ufes e entrei na faculdade sem muitos recursos. Queria uma renda extra, então comecei panfletando, como barman e DJ em eventos. Depois de trabalhar para outras pessoas, comecei a produzir meus próprios eventos em 2003. Surgiu a oportunidade de produzir festas universitárias e uma delas carrego até hoje, o ‘Bebo Direito’.

Mundo Business: Como essa carreira se profissionalizou?

Felipe Fioroti: Por volta de 2005 entrei nas casas noturnas e em 2008 entrei em um nicho pouco explorado no ES e no Brasil: produzir shows de artistas de médio porte em casas noturnas com capacidade superior a mil pessoas. Sempre procurei meu espaço no setor sem usar atalhos nem ocupar o espaço que já era de outros empresários. Nessa época, produzi festas com Anitta, Naldo, Molejo, Mc Marcinho, que estavam crescendo nessa época. Outro nicho que explorei foi a intercessão entre funk e pop. O axé era o ritmo mais popular mas já era dominado por outros players, eu queria um “oceano azul” para explorar.

Mundo Business: Quais eventos de sucesso e grande repercussão que você produziu a partir daí?

Felipe Fioroti: Trouxemos praticamente todos os grandes nomes do Axé, Funk, Eletrônica, Pop. No comando do Multiplace Mais, em Guarapari, batemos todos os recordes de público. O Embrazado, uma casa na Praia do Canto, também pode ser considerado um sucesso porque está em linha com o que o público gosta de consumir: espaços abertos, mais descontraídos. Um show marcante foi o Baile do Dennis em 2016, o primeiro super baile dele no país, que reuniu 16 mil pessoas e se tornou referência.

"Eventos podem contribuir para frear a pandemia", diz Fioroti

Mundo Business: A expectativa das pessoas para o retorno do setor de eventos é muito grande, mas no Brasil esse processo está sendo mais lento que em muito países. Qual a razão disso?

Felipe Fioroti: Enfretamos problemas na vacinação. O Brasil é uma máquina de vacinar, mas está faltando um pouco de planejamento na vacinação. Segundo uma matéria do Brazil Journal [O primeiro passo para mudar a vacinação? Mudar os critérios, por Daniel Liechsenring ] o ritmo de aplicação das doses está sendo menor que a distribuição.

Mundo Business: Você enxerga alguma forma de retomar os eventos de forma segura?

Felipe Fioroti: O que falta no Espírito Santo e em outros estados é aplicar políticas como maior testagem. Temos testes eficientes e que oferecem resultados em minutos. Para a retomada dos eventos, devemos torná-los livres de Covid, com a organização testando todo o público. Nesse sentido, o entretenimento pode contribuir até para o combate da proliferação do vírus.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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