Criança especial pode ter sido agredida por funcionária de escola da Serra
Um menino com necessidades especiais foi supostamente agredido em uma escola no bairro Serra Dourada I, no município da Serra, nesta quarta-feira (14). A suspeita é de que uma estagiária do local tenha provocado os hematomas na criança.
A mãe, Nuria Dalton Dos Santos, foi até a escola municipal onde o filho de 10 anos estuda há cinco anos, quando percebeu as marcas no corpo do menino. Necessitando de cuidados especiais, a criança tem o acompanhamento de uma estagiária de pedagogia. Segundo a mulher, ela seria a responsável pelas agressões. “Minha irmã disse que a escola tinha me ligado falando que a professora tinha desistido e que era para eu ir buscá-lo. Quando cheguei lá, eu o vi com marcas vermelhas com sangue no pescoço e o corpo cheio de hematomas”, contou a dona de casa.
Esta não teria sido a única agressão, já que era possível ver várias marcas pelo corpo da criança. Segundo a mãe, o próprio filho e os colegas de sala contaram que ele já foi agredido várias vezes.
Há dez dias, o menino era assistido pela estagiária que supostamente o agrediu. A mãe disse ainda que já tinha percebido um comportamento estranho no filho, mas que ele não dizia o que estava acontecendo. Após a violência desta quarta-feira, a estagiária abandonou o trabalho.
A dona de casa acionou a polícia e os representantes da escola foram prestar esclarecimentos no Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) da Serra.
A estagiária não foi localizada, mas as câmeras de segurança da escola podem ter flagrado as agressões. “Quem me contou que acharam o vídeo foi o próprio policial, porque até então eles falaram que não tinha vídeo nenhum. Eu acho que eles pensaram que eu não ia chamar a polícia”, disse Nuria.
Com receio que a criança continue sendo maltratada, a mãe agora tem medo de deixar o filho voltar para a escola. “Eu acho que não vou levá-lo para nenhuma escola porque, se aconteceu aqui, pode acontecer em qualquer outra”.
Segundo a assessoria da Prefeitura da Serra, a servidora foi afastada das funções e uma sindicância será realizada para apuração dos fatos e demais providências.