Política

"Assassina de abelhas"? Veja o que diz o projeto que proíbe planta exótica no ES

De acordo com o texto publicado pela Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), a árvore tem características que colocam em risco animais da fauna brasileira

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução

Um Projeto de Lei de autoria da deputada estadual Janete de Sá (PSB) quer proibir a comercialização, cultivo e plantio de mudas da árvore Spathodea campanulata, conhecida como chama-da-floresta, bisnagueira ou xixi-de-macaco. 

A proibição se daria pelo fato de a planta ser um organismo não natural da região ou país em que está. Ela é polinizada por pássaros em lêmures em seu bioma de origem, por isso procura reservar o néctar a esses animais, 

De acordo com o texto publicado pela Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), estas características colocam em risco animais da fauna brasileira, principalmente as abelhas. 

>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe da nossa comunidade no WhatsApp ou entre no nosso canal do Telegram!

Isso porque a bisnagueira desenvolveu mecanismo de proteção contra insetos, e no  Brasil, as abelhas são as principais polinizadoras naturais, e por conta disso, morrem ao sugar o néctar da planta. 

Segundo Janete de Sá, a proposta é apoiada por especialistas que alertam sobre os perigos da árvore para o ecossistema e cadeia alimentar brasileiros. 

“Pesquisadores brasileiros acreditam que uma mucilagem presente no botão floral se mistura ao néctar da flor; tal mucilagem é tóxica para as abelhas, que acabam morrendo quando ingerem o néctar. A morte de abelhas nativas pode trazer problemas para o ambiente natural por comprometer a polinização de outras espécies nativas”,  disse a deputada. 

O projeto propõe a substituição das árvores existentes no Espírito Santo. As bisnagueiras deverão ser cortadas e substituídas por plantas nativas. A madeira poderá ser reaproveitada com instruções especiais. 

Já as mudas produzidas ou em produção para a venda, deverão ser descartadas de acordo com orientação de órgãos técnicos. 

“A proibição do plantio desta árvore e a substituição das existentes por espécies nativas que não causem mal a nossas abelhas principalmente virá contribuir para que não exista desequilíbrio na natureza, preservação dessas e de outras espécies e de nossos beija-flores”, afirma. a deputada. 

O projeto será apreciado pelas comissões de Justiça, de Meio Ambiente e de Finanças para emissão de parecer. O procedimento antecede a votação da proposta pelo Plenário.

Leia também: Bolsonaro muda plano de transferência e será atendido em SP

Pontos moeda