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Ufes afirma que restaurante vai abrir e bolsas serão pagas durante greve

Uma reunião foi realizada para tratar dos próximos passos em relação à greve dos professores, que teve início também nesta segunda-feira (15)

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Thiago Soares/Folha Vitória

O reitor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Eustáquio de Castro, e a vice-reitora, Sonia Lopes, participaram de uma reunião com representantes do comando de greve da Associação dos Docentes da Ufes (Adufes) e do Diretório Central dos Estudantes (DCE) na tarde desta segunda-feira (15). Ficou definido que o Restaurante Universitário vai abrir e as bolsas serão pagas aos estudantes.

O encontro tratou dos próximos passos em relação à greve dos professores, que teve início também nesta segunda-feira. De acordo com a universidade, foi definido que as condições necessárias para o funcionamento do Restaurante Universitário (RU) serão asseguradas. 

Isso corresponde ao período de 11h30 às 12h30, para o almoço, além de 17h30 às 18h30 para o jantar, no campus de Goiabeiras. Além disso, estão mantidas as refeições no restaurante de Maruípe, das 11h30 às 12h30. Nos RUs dos campi de Alegre e São Mateus, o atendimento será realizado no horário normal.

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Apesar disso, não há uma definição sobre liberação dos portões de acesso ao campus de Goiabeiras. 

Auxílios e bolsas 

Foto: Thereza Marinho

Também de acordo com a Ufes, na reunião também foi informado que a greve não vai comprometer os pagamentos de auxílios estudantis concedidos por meio do Programa de Assistência Estudantil da Ufes (Proaes-Ufes), assim como as bolsas. 

Outra definição foi a criação de um grupo de trabalho, formado por representantes da Administração Central da Ufes e do comando de greve, para acompanhar os rumos do movimento, como já vem acontecendo junto aos representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Ufes (Sintufes), em greve desde março.

"A Administração Central da Ufes reafirma que reconhece a legitimidade do movimento e das pautas apresentadas pela categoria, mas reforça seu compromisso de priorizar a permanência qualificada dos estudantes na Universidade, e de atuar para que, durante a paralisação, o processo seja conduzido de forma a minimizar ao máximo os impactos para a comunidade universitária e para a sociedade em geral", afirma a Ufes.

O que diz a Adufes

Por meio de nota, a Adufes informou que a Ufes suspendeu o almoço no RU nesta segunda-feira (15),  por isso a Associação comprou 600 marmitas que foram distribuídas para estudantes nos campi de Goiabeiras e Maruípe. 

"A quantidade foi suficiente para atender às/aos alunas/os que recebem assistência estudantil no campus de Maruípe. Estudantes presentes reivindicaram, ainda, melhorias no RU, como a retirada das grades, qualidade das refeições e serviço de café da manhã, que são pautas da greve", afirmou a Associação. 

De acordo com a Adufes, o comando de greve reafirmou o compromisso com o acesso dos trabalhadores e dos veículos com insumos para o funcionamento do restaurante e afirmou também que manterá contato direto com a direção do RU para que não haja o alegado ruído de comunicação do primeiro dia do movimento paredista.

Na mesma nota,  Adufes informa que durante a reunião ficou decidido que a Associação vai formalizar um ofício junto à Administração Central para denunciar casos de assédio. 

"Ficou decidido também que a Adufes formalizará, por meio de ofício junto à Administração Central, os inúmeros casos de assédio que estão acontecendo por parte de departamentos e suas chefias com produção de listas de grevistas e até mesmo realização de reuniões para 'deliberar' sobre greve, algo que não faz parte das atribuições de departamento e que cerceia o direito à greve deflagrada legitimamente após deliberação da categoria em assembleia geral", informou. 

Também de acordo com a Associação, será formada uma comissão com a participação de quatro membros do comando de greve dos docentes e quatro suplentes, sem cadeiras permanentes, além de membros da Administração Central da Ufes, para articular com a Universidade soluções para questões que surjam em decorrência da greve. 

Esta comissão analisará a possibilidade de suspensão do Calendário Acadêmico, medida defendida pela Adufes e pelo comando de greve.

Além disso, foi decidido que a reitoria não irá judicializar o movimento, afirmando que não se se oporá à greve.

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