Economia

Autoridades de ministérios de Finanças da zona do euro discutem propostas gregas

Redação Folha Vitória

Atenas - Autoridades dos ministério de Finanças da zona do euro realizam uma teleconferência nesta quarta-feira para discutir o progresso nas propostas de reforma da Grécia e a possibilidade de permitir o acesso a 1,2 bilhão de euros a Atenas.

A Grécia tem esperado conseguir algum alívio imediato, como uma fatia de sua próxima tranche de ajuda de 7,2 bilhões de euros. Isso poderia vir tanto de 1,9 bilhão de euros em ganhos obtidos pelo Banco Central Europeu (BCE) com a participação em bônus do governo grego quanto do desembolso de 1,8 bilhão de euros do fundo de resgate do bloco.

Mas, para conseguir isso, Atenas terá primeiro de apresentar aos seus credores internacionais uma lista completa das reformas propostas.

Relatórios recentes sugerem que a Grécia vai ficar sem dinheiro em 20 de abril, o que deve ser mais um fardo para o premiê grego, Alexis Tsipras, que passou os últimos dois meses desde a sua eleição negociando sem sucesso um acordo melhor para os gregos, segundo analistas.

"Até agora, é justo dizer que ele conseguiu muito pouco e, com o tempo se esgotando, ele pode ser forçado a aceitar um acordo que teria considerado inaceitável apenas um par de meses atrás", de acordo com Craig Erlam, da Oanda

Na terça-feira, foi divulgado que o Banco Central Europeu (BCE) instruiu os maiores bancos gregos a evitar o aumento de exposição aos títulos de dívida do governo grego, de acordo com pessoas próximas ao assunto.

O movimento eleva a pressão sobre Atenas, para que chegue a um acordo com seus credores internacionais e destrave a ajuda financeira de bilhões de euros ao país.

A nova restrição do BCE, aprovada pelo conselho diretor da instituição, teria sido levada aos bancos gregos por meio de uma carta. Ela estaria de acordo com as diretrizes do BCE, que restringiram o montante de recursos que o governo grego poderá obter pela venda de títulos públicos.

O BCE estabeleceu um limite de 3,5 bilhões de euros na quantidade de títulos públicos que podem ser usados pelos bancos gregos para se financiarem por meio do programa de crédito de emergência do BCE. Fonte: Dow Jones Newswires.

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