Economia

Fechamento de agências do HSBC pode deixar 150 desempregados no Espírito Santo

Alguns colaboradores realizaram uma manifestação, na manhã desta terça-feira (9), em uma agência, localizada na Avenida Cezar Hilal, em Vitória. Ao todo, 12 agências serão fechadas

O banco tem 14 agências no Espírito Santo e emprega 150 funcionários, segundo o Sindibancários-ES Foto: Arquivo/R7

Funcionários de 12 agências bancárias da rede HSBC, no Espírito Santo, estão apreensivos com o anúncio do fechamento das agências no Brasil e na Turquia. A reestruturação do banco é nacional e, em todo o país, a instituição emprega mais de 15 mil funcionários. O banco deve encerar as atividades no Brasil.

De acordo com o Sindicato dos Bancários do Espírito Santo (Sindibancários-ES), cerca de 150 funcionários podem ficar sem emprego. Alguns colaboradores realizaram uma manifestação, na manhã desta terça-feira (9), em uma agência, localizada na Avenida Cezar Hilal, em Vitória.

Os funcionários do banco acreditam em uma fusão do banco com o Santander ou com o Bradesco, e os clientes atuais devem ser migrados para as outras instituições bancárias.

De acordo com comunicado divulgado, a instituição planeja manter participação nacional para atender apenas a grandes clientes corporativos. Ainda segundo o HSBC, o banco pretende economizar entre US$ 4,5 bilhões e US$ 5 bilhões, até 2017 com o plano de reestruturação.

Funcionários do banco em Vitória protestaram na manhã desta terça-feira (9) Foto: Divulgação/Sindibancários-ES

O plano de reestruturação deve suprimir cerca de 50 mil empregos, dos quais 25 mil com o fim das operações do banco na Turquia e no Brasil. O HSBC, criado em 1865, emprega atualmente 266 mil pessoas em todo o mundo.

O anúncio foi feito cinco dias após o banco ter fechado um acordo com as autoridades da Suíça para pagar 40 milhões de francos suíços – aproximadamente R$ 134 milhões – para encerrar as investigações de lavagem de dinheiro na filial suíça da instituição. De acordo com o promotor-chefe de Genebra, Olivier Jornot, o acordo resultou no maior confisco já feito pela corte da cidade suíça.

Em comunicado, o banco declarou que "nem a instituição nem seus funcionários são suspeitos de qualquer crime". O HSBC "pediu desculpas aos clientes e investidores pelas falhas do passado nas operações suíças" e informou que já revisou os procedimentos.

>> Investigação: o HSBC suíço estava sendo investigado desde fevereiro. Conhecida como Swissleaks, a investigação revelou documentos fornecidos por Hervé Falciani, ex-funcionário do HSBC em Genebra, ao jornal francês Le Monde e compartilhados com o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, que reúne profissionais de mais de 40 países.

Banco diz que opera normalmente

O HSBC informou no final da manhã desta terça-feira (9) que continua operando normalmente no Brasil e que manterá no futuro os serviços aos clientes. Em nota para tranquilizar os clientes, o banco confirmou que está em processo de venda de ativos e não de encerramento de suas operações no país.

Hoje, o HSBC Holdings confirmou, em Londres, que pretende vender a sua operação no país, mas planeja manter presença no Brasil para atender aos clientes corporativos de grande porte em suas necessidades internacionais.

“O HSBC está empenhado em garantir a continuidade do negócio e uma transição suave e coordenada para um potencial comprador”, informou o banco em nota. HSBC Brasil é parte da HSBC Holdings, com US$ 2,6 trilhões em ativos e mais de 51 milhões de clientes em 73 países.

Com informações da Agência Brasil e da Rádio França Internacional

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