Economia

Duplicação da BR-262 no Estado não aparece em pacote da União, mas Governo confirma obra

O governador Paulo Hartung delegou ao secretário de Estado de Desenvolvimento, José Eduardo Faria de Azevedo, a função de emitir a opinião do governo acerca do pacote anunciado em Brasília

BR-262 será contemplada no plano de concessões do governo federal Foto: Folha Vitória

O anúncio da segunda etapa do Plano de Investimentos em Logística (PIL) feito pela presidente Dilma Rousseff (PT) gerou nesta terça-feira (9) informações desencontradas entre parlamentares da bancada capixaba. Estavam presentes ao evento o governador Paulo Hartung (PMDB), a senadora Rose de Freitas (PMDB), além de deputados federais. 

O governador Paulo Hartung delegou ao secretário de Estado de Desenvolvimento, José Eduardo Faria de Azevedo, a função de emitir a opinião do governo acerca do pacote anunciado em Brasília.

Já o deputado federal Paulo Foletto (PSB) salientou que ficou atônito com a ausência do trecho capixaba da rodovia federal.

“Eu e toda a bancada capixaba ficamos surpresos com a exclusão do trecho até Vitória. Viemos a Brasília, convidados pela Presidência da República, com a ideia de todo o trecho ser concedido e ficamos atônitos com a mudança. Agora vamos cobrar do governo federal o motivo dessa exclusão, disso Foletto logo após o evento.”

Mas a senadora Rose de Freitas garantiu que o novo pacote vai contemplar o Espírito Santo com obras de duplicação da BR-262 no trecho que liga Viana à divisa com Minas Gerais. Ainda durante o evento também foi demonstrado, através de slides, que estão previstos R$ 1,9 bilhão nas concessões das BRs 262 e 381, atravessando Minas Gerais. 

Segundo a líder da bancada capixaba, o anúncio não foi demonstrado nos 71 slides apresentados durante a cerimônia. Ela explicou que o anúncio aconteceu durante a entrevista coletiva concedida pelo ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa.

“Está anunciado. A BR-262 foi contemplada e a duplicação dela vai até Minas Gerais, não apenas até Victor Hugo (Marechal Floriano), como foi colocado a princípio", destacou Rose de Freitas.

Em vídeo o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, confirma a inclusão do trecho entre Viana e a divisa de Minas Gerais. “A presidenta já tinha autorizado a inclusão da rodovia na concessão, mas não tínhamos feito o entendimento com todos os parlamentares (da bancada capixaba). Após o entendimento, (a BR-262) foi incluída no pacote de concessão. Antes de colocar no mercado, nós vamos sentar com a senadora Rose e ver todos os detalhes necessários para que essa concessão tenha grande sucesso. Trecho de concessão será de Vitória até a divisa de Minas e da divisa até Belo Horizonte (MG). A duplicação da pista será a partir do município de Viana e irá até a divisa com Minas Gerais", afirmou o ministro.

O secretário de Estado de Desenvolvimento, José Eduardo Faria de Azevedo, também confirmou a informação. Segundo ele, o erro no anúncio foi corrigido na coletiva de imprensa.

“O trecho todo está confirmado. Essas são boas notícias para o Espírito Santo. Além da concessão para a duplicação da BR-262, ainda temos a ferrovia Rio-Vitória e a autorização da Poligonal de Barra do Riacho, que permitirá a expansão do porto”, comemorou o secretário.

Ele explicou que o projeto de duplicação da BR-262 tem a estimativa de custo de R$ 2 bilhões. A partir de agora o governo federal deverá trabalhar na modelagem da concessão e possíveis consultas públicas.

Já a ferrovia Rio-Vitória, tem a estimativa de valor em torno de R$ 7 bilhões, ainda de acordo com o secretário de Desenvolvimento. Resta agora a conclusão da análise do projeto que está na Agência Nacional de Transportes Terrrestres (ANTT), mas ainda não possui um cronograma definitivo.

Por fim, o secretário explicou que a Poligonal de Barra do Riacho possui dois projetos. Um é da empresa Imetame que está em fase de análise ambiental e está estimado em R$ 300 milhões. Já o projeto da Fibria, tem a previsão de custo de R$ 500 milhões.

“Atualmente é um porto especializado em celulose. Mas com a expansão a movimentação será de cargas gerais”, detalhou o secretário José Eduardo.

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