Economia

Indústria química encerra 3º tri com déficit comercial de US$ 19,4 bi

Redação Folha Vitória

São Paulo - A indústria química encerrou o terceiro trimestre de 2015 com déficit comercial acumulado de US$ 19,4 bilhões desde o início do ano, montante 16,6% inferior ao registrado no período de janeiro a setembro de 2014. O resultado, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), reflete a queda de 14,3% das importações. As compras externas até setembro somaram US$ 29,2 bilhões. Já as exportações do período atingiram US$ 9,8 bilhões, queda de 9,3% em igual base comparativa.

A tendência de retração dos números em 2015, possivelmente decorrência do enfraquecimento da atividade da indústria nacional, se repetiu em setembro. As importações somaram US$ 3,3 bilhões, queda de 23% em relação ao mesmo período do ano passado. As exportações, por sua vez, somaram US$ 1,1 bilhão, redução de 12,9% em igual base comparativa. O déficit, dessa forma, ficou em aproximadamente US$ 2,2 bilhões no mês.

Para evitar que a situação se agrave ainda mais, o presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, defende que o governo olhe com atenção para os programas que aumentam a competitividade da cadeia, sobretudo o ReiQ e o Reintegra.

"É absolutamente imprescindível que todo o setor continue unido lutando junto ao Executivo e ao Legislativo pela manutenção das medidas tão duramente conquistadas pela indústria química, sobretudo em um momento econômico tão delicado e tendo em vista que as decisões de investimentos no setor são efetivadas com base em previsibilidade e segurança do ambiente de negócios no médio e longo prazos", destacou Figueiredo em nota.

A edição desta quinta-feira, 22, do Diário Oficial da União (DOU), entretanto, traz o decreto que reduz de 1% para 0,1% a alíquota do Reintegra no período de 1º de dezembro deste ano até 31 de dezembro de 2016. A alíquota deve voltar a subir em 2017, quando chegaria a 2%. No ano seguinte deve vigorar a alíquota de 3%, o que significa que o governo devolverá às empresas o equivalente a 3% das receitas obtidas com exportação de produtos industrializados.

Pontos moeda