Economia

Aeroporto de Vitória registra cancelamentos de voos e atrasos em dia de greve

O maior número de voos cancelados foi no aeroporto de Congonas, em São Paulo. Lá, segundo a Infraero, até às 12 horas desta quarta-feira 35 voos foram cancelados

Três voos de Vitória foram cancelados até às 11 horas Foto: Divulgação

A manhã de manifestação dos trabalhadores do setor aéreo no Brasil causou problemas em grande parte dos voos do país. O protesto, que aconteceu das 6h às 8h, desta quarta-feira (3), gerou atrasos em 306 dos 798 programados para todo o território brasileiro. Além dos atrasos, 138 voos foram cancelados até às 11 horas, de acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

No Espírito Santo, os funcionários não aderiram à greve, mas dois voos que sairiam do Rio de Janeiro e São Paulo com destino à Vitória atrasaram por conta da paralisação. Na capital capixaba, dos 18 voos previstos para a manhã, oito foram atrasados e três cancelados. 

O maior número de voos cancelados foi no aeroporto de Congonas, em São Paulo. Lá, segundo a Infraero, até às 11 horas desta quarta-feira 35 voos foram cancelados e 33 foram atrasados. No aeroporto de Santos Dumont, no Rio de Janeiro, 33 atrasaram e 14 foram cancelados. Já em Brasília, 32 dois voos atrasaram e 16 foram cancelados.

Os capixabas que estiveram no Aeroporto de Vitória ficaram preocupados com a chegada aos respectivos destinos, já que a paralisação aconteceu em pelo menos 12 terminais aéreos do Brasil. De acordo com as principais companhias aéreas de todo o país, o passageiro que quiser remarcar a passagem não terá custo a mais por isso, basta ligar para as companhias para remarcar o voo.

A greve

O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) informou na última sexta-feira (29), em nota, que pilotos e comissários de voo farão greve a partir desta quarta. A paralisação será realizada das 6 horas às 8 horas nos aeroportos de Congonhas, Guarulhos, Santos Dumont, Galeão, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza. A medida foi decidida em assembleia realizada em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre e Campinas.

Os trabalhadores do setor reivindicam reajuste salarial de 11% retroativo à data-base de 1º de dezembro de 2015. A última proposta das empresas aéreas, negada pela assembleia, oferecia reajustes parcelados (3% em fevereiro de 2016, 2% em junho e 6% em novembro), sem serem retroativos.

O Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), que representa as companhias TAM, Gol, Azul e Avianca, informou que apresentou seis propostas aos trabalhadores, mas todas foram recusadas. A entidade argumenta que nos últimos dez anos as companhias aéreas promoveram o reajuste dos salários pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), com índices acima da inflação, além de ganhos nas cláusulas sociais. A entidade diz que segue aberta às negociações para evitar transtornos aos passageiros.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vai monitorar os impactos da paralisação. Segundo a Anac, é dever da empresa informar aos passageiros sobre atrasos e cancelamentos de voo e o motivo, além de oferecer facilidade de comunicação para atrasos superiores a uma hora; alimentação adequada para atrasos superiores a duas horas e acomodação em local adequado, traslado e, quando necessário, serviço de hospedagem, para atrasos superiores a quatro horas.

O Tribunal Superior do Trabalho determinou que 80% dos trabalhadores do setor aéreo mantenham suas atividades a partir de amanhã e durante o período de carnaval. Em caso de descumprimento da ordem, a multa diária será de R$ 100 mil.

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