Economia

ICV tem alta de 0,67% em maio e penaliza mais as famílias mais pobres, diz Dieese

Redação Folha Vitória

São Paulo - A inflação na capital paulista penalizou mais as famílias com menor poder aquisitivo em maio, aponta cálculo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O Índice do Custo de Vida (ICV) registrou variação de 0,67% no quinto mês do ano.

Além do agregado, o indicador calcula o custo de vida do consumidor paulistano por estrato de renda. Por este parâmetro, a inflação para as famílias do estrato 1, com renda média mensal de R$ 377,49, saiu de 0,57% em maio para 1,09% em maio. As famílias do estrato 2, com renda média de R$ 934,17, tiveram aumento de 0,55% para 0,83% no período. A inflação para os mais ricos - famílias do estrato 3, que têm renda média mensal de R$ 2.792,90, desacelerou de 0,58% para 0,51%.

De junho de 2015 a maio de 2016, o ICV acumulou variação de 9,44%. Nas famílias pertencentes aos estratos de renda mais baixos foram observadas as maiores taxas: 10,22% para o estrato 1; 9,80% para o estrato 2; e 9,13% para o estrato 3. No acumulado do ano até maio, o índice geral foi de 4,25%. As taxas por estrato de renda apresentaram comportamento semelhante ao anual: 1º estrato, 4,68%; 2º estrato, 4,41%; e 3º estrato, 4,06%.

Grupos

A penalização da faixa mais pobre da população ocorre por causa do aumento dos preços nos grupos Alimentação, Despesas Pessoais e Habitação.

Para o estrato 1, a alta de preços na classe de despesas Alimentação foi de 1,01% em maio, o que representou 0,41 ponto porcentual dos 1,09% da inflação a essas famílias. O reajuste dos cigarros fez com que a contribuição da classe de Despesas Pessoais, que teve alta de 5,46%, para a inflação dessas famílias, fosse de 0,33 ponto porcentual. Já o aumento da tarifa de água e esgoto da Sabesp foi o principal responsável pelo aumento em Habitação (1,17%), grupo que contribuiu com 0,27 ponto porcentual da taxa geral desse estrato.

Por sua vez, a deflação no estrato 3 foi registrada em meio a preços mais baixos dos combustíveis. O grupo Transporte recuou 0,52% para essas famílias, o que representou deflação de 0,05%.

Quatro dos dez grupos do ICV apresentaram taxas superiores ao índice geral (4,25%): Despesas Pessoais (12,00%), Educação e Leitura (7,78%), Alimentação (5,93%), e Saúde (4,60%). Nos outros seis, foram verificadas variações menores: Recreação (3,46%), Transporte (3,31%), Equipamento Doméstico (1,48%), Despesas Diversas (1,96%), Vestuário (1,39%) e Habitação (0,18%).

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