Entretenimento e Cultura

Playboy surpreende ao anunciar que deixará de publicar fotos de mulheres nuas

De acordo com o fundador, Hugh Hefner, a justificativa para a mudança radical é a facilidade e o acesso livre de imagens de caráter sexual na internet

A primeira edição norte-americana da revista teve na capa a atriz Marilyn Monroe Foto: Divulgação

Sucesso há mais de 50 anos, principalmente entre o público masculino, a revista de entretenimento erótico "Playboy" deixou muita gente surpresa ao anunciar sua nova reformulação editorial.

De acordo com uma informação publicada pelo jornal The New York Times, a partir de março de 2016 a revista americana deixará de publicar fotos de mulheres completamente nuas em suas edições. 

A decisão foi tomada pelo fundador, Hugh Hefner, após uma reunião com o principal editor da revista. A justificativa para a mudança radical é a facilidade e o acesso livre de imagens de caráter sexual na internet. 

A tiragem da revista caiu de 5,6 milhões em 1975 para cerca de 800 mil na atualidade, segundo auditores. Porém, mesmo com a queda, seu logotipo continua sendo um dos mais reconhecidos do mundo. 

Para a colecionadora capixaba Elisa Manso, as mudanças nas publicações já acontecem de forma gradativa e a reformulação pode ser lucrativa para a revista.

"Tenho edições da "Playboy" a partir da década de 80. Fazendo uma análise, acho que as mudanças na revista já acontecem gradativamente. Essa reformulação vai abranger um público mais jovem, que sempre teve curiosidade em ver e não podia. Pelo menos nos primeiros meses, isso pode ser lucrativo para a revista", diz Elisa. 

A colecionadora também conta que a popularização da revista com o passar do tempo, fez com que as fotos ficassem mais "suaves". 

"Antigamente, quando a venda era mais restrita, eles ousavam bem mais. A partir de 2000, quando a revista começou a ficar mais popular, as poses foram ficando menos eróticas e o teor de sexualidade foi diminuindo", completa.  

Por enquanto, o fim da nudez na edição brasileira ainda não foi anunciado pelo diretor de redação. No entanto, a possibilidade também não foi descartada. 

*Com informações do Estadão

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