Espetáculo de superação no Circuito Mundial de Bodyboarding em Jacaraípe
Primeiras campeãs do ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro dão um show de adrenalina e superação e mostram que não há limites para o corpo humano
A etapa brasileira do Circuito Mundial de Bodyboarding começou com um espetáculo emocionante de superação. O primeiro dia de competições do ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro 2024 consagrou as primeiras campeãs do evento, no final da tarde de domingo (21), em Jacaraípe, em Serra.
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A terceira edição da etapa capixaba do circuito continua nesta segunda-feira (22) e vai até o próximo sábado (27). A edição tem o número recorde de 115 inscrições, com atletas de sete países: Brasil, Chile, França, Havaí, Japão, Peru e Portugal. A programação desta segunda-feira começou às 8 horas, com disputas nas categorias júnior, master e profissional.
AS PRIMEIRAS CAMPEÃS
O destaque do primeiro dia do ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro foi a categoria de Pessoas com Deficiência (PCD), que realizou todas as suas baterias no domingo, definindo suas campeãs. As provas emocionaram a todos na praia, levando às lágrimas de felicidade, com todas as atletas das outras categorias na beira da água aplaudindo, incentivando e torcendo.
Na categoria Deficientes Visuais, Renata Bazone participou de sua primeira competição no bodyboarding e já comemorou o título, virando a bateria na última onda, numa disputa acirrada com Lorrayne Rodrigues. Thais Gobetti ficou em terceiro.
"Sensação muito boa. Uma competição que eu não estava esperando e vim participar. Não dá para explicar. É uma sensação muito forte", comemorou Renata.
Estreante e agora já campeã, ela explica o que o bodyboarding significa pra ela.
"O bodyboarding me traz muitas lembranças fortes. Mostra que não importa limitação, nem idade. Comecei agora do zero, até então não sabia nem nadar! Muita adrenalina no mar e é sobre romper limites, sempre", destaca Renata Bazone.
Vice-campeã, Lorrayne revelou que também tem pouco tempo na modalidade e agradeceu à chance de competir num evento tão importante, provando que a organização acerta em cheio ao promover a inclusão no campeonato.
"Bodyboarding é uma superação pra mim. Eu vim para o esporte sem saber nada, vim na cara e na coragem. E chegar a um campeonato em tão pouco tempo de modalidade e já ter uma classificação assim é emocionante", conta Lorrayne Rodrigues.
BICAMPEÃ NA ÁREA
A categoria Amputadas, a pernambucana Carla Cunha conquistou o bicampeonato. A categoria contou com quatro atletas. Larissa Daeslinger também saiu muito aplaudida. Surda e amputada, optou por desistir, mas foi uma guerreira.
"Eu me sinto mais uma vez superando todos os meus limites, meus medos. Radiante e grata a Deus. Só gratidão é o que sinto nesse momento", destacou Carla.
Já na categoria Mastectomizadas, também com quatro competidoras, o título ficou com Tiana Dantas. Mariana Abreu foi vice-campeã, com Cintya Belli em terceiro e Rangeria Amorm em quarto.
"Estou muito feliz. Ainda nem processei tanta alegria. Parabéns à Neymara que faz questão de realizar, ampliar e incluir com esta categoria", observou Tiana, citando a pentacampeã mundial e organizadora do ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro, Neymara Carvalho.
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PROFISSIONAIS E MASTER
No domingo foram realizadas também as oito baterias iniciais da categoria profissional e da master. As primeiras a entrar no mar foram as bodyboarders da master. A bicampeã da categoria no Circuito Mundial, a carioca Mariana Nogueira ficou em segundo lugar. A vitória foi da portuguesa Catarina Souza, após muita disputa em busca das melhores ondas. E Catarina garantiu sua segunda conquista do dia vencendo também na profissional.
"Tive a sorte de pegar ondas que proporcionaram manobras boas. E estou de olho nas meninas", afirmou Mariana, uma das estrelas do bodyboarding na década de 90, com três títulos.
Na água também estão nomes importantes para a história do bodyboarding capixaba e brasileiro, como Maylla Venturin, Naara Carolyne e Maíra Viana, todas com títulos brasileiros no currículo.
"Tô muito feliz por competir mais uma vez na minha cidade, onde eu aprendi a pegar onda, aqui no Solemar, onde sempre tem boas ondas. E tô aqui com a minha mãe, uma torcida maravilhosa! A gente pode ter a família perto, em casa, os amigos, é outra coisa! Este campeonato é um grande festival, um grande encontro de gerações. Um momento muito importante e tô muito, muito feliz mesmo", comemorou Maylla Venturin.
ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro
RESULTADOS
Categoria Deficiente Visual
Campeã: Renata Bazone
Categoria Amputadas
Campeã: Carla Cunha
Categoria Mastectomizada
Campeã: Tiana Dantas
PROGRAMAÇÃO
Segunda (22) a sábado (27)
8h00 — Júnior, Profissional e Master
Sábado (27)
14h00 às 16h00 — Entrega de Premiações19h00 — Coquetel de Encerramento
