Esportes

Medalhista olímpica, Adriana Araújo perde no Pré-Pan e não vai a Toronto

Desde que voltou, ainda não mostrou a que veio. Neste fim de semana, em Tijuana (México), perdeu na estreia do chamado Pré-Pan e não conseguiu classificar o Brasil

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação

Tijuana - Medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres, Adriana Araújo ficou quase dois anos afastada da seleção brasileira por desentendimentos com o presidente da Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe). Desde que voltou, ainda não mostrou a que veio. Neste fim de semana, em Tijuana (México), perdeu na estreia do chamado Pré-Pan e não conseguiu classificar o Brasil (e a si mesma) para os Jogos Pan-Americanos de Toronto.

O resultado pode tirar Adriana também da Olimpíada. Afinal, a comissão técnica pretendia utilizar o desempenho dela em Tijuana e em Toronto para determinar se a baiana segue como titular para o Mundial, em fevereiro do ano que vem, que valerá como Pré-Olímpico.

No boxe feminino, a Olimpíada e o Pan têm apenas três categorias de peso, contra oito de eventos como o Mundial e o Campeonato Pan-Americano (chamado de "Continental" no boxe). Assim, Adriana vinha lutando na categoria até 64kg, enquanto a paulista Taynna Cardoso representava o Brasil na até 60kg. A baiana, entretanto, foi escolhida para o Pré-Pan e lutaria o Pan caso se classificasse.

A competição em Tijuana serviu como fase eliminatória do Pan no feminino. Adriana perdeu na primeira luta para a canadense Carolyna Veyre, por 2 a 1, e não avançou entre as oito melhores. Caso Taynna seja indicada para lutar o Mundial, pode conseguir a credencial nominal para a Olimpíada e impedir Adriana de buscar sua segunda medalha.

OITO BRASILEIROS - O Pan de Toronto vai ter apenas oito brasileiros no boxe, sendo sete homens e uma mulher, cinco a menos do que o limite. Medalhista de bronze no Mundial do ano passado, Clélia Costa (até 51kg) sentiu-se mal antes da estreia em Tijuana e desistiu do Pré-Pan. Flávia Figueiredo (75kg) deu sorte. Ficou de bye na primeira rodada e estreou na semifinal, já classificada para o Pan. Perdeu na primeira luta, para uma norte-americana, e mesmo assim garantiu o bronze.

No masculino, os três principais nomes do boxe olímpico no País - Patrick Lourenço (49kg), Robson Conceição (60kg) e Robenilson de Jesus (56kg) - tinham lutas pela Aiba Pro-Boxing (APB) em datas próximas ao Pré-Pan e não puderam lutar no México.

Robson perdeu para Dmitry Polyanskiy (Rússia), sábado passado, e Patrick foi derrotado por Birzhan Zhakipov (Casaquistão), sexta-feira. Ao abrirem a temporada da APB com derrota, ficam mais longe de obter a vaga olímpica pelo ranking da liga.

A CBBoxe, que esperava contar com o trio no Pré-Pan, só efetuou troca na categoria até 56kg, chamando Carlos Rocha. Ele venceu um atleta da Nicarágua e vai para o Pan. Nas categorias até 49kg e até 60kg, o Brasil não enviou representantes para o México e não vai a Toronto.

Julião Neto (52kg), Joedison de Jesus (64kg), Roberto Custódio (69kg), Michel Borges (81kg), Juan Nogueira (91kg) e Rafael Lima (+91kg) avançaram à semifinal do Pré-Pan e vão a Toronto. Só Myke Carvalho (75kg) perdeu no ringue, para um colombiano, e não se classificou para o Pan.

Em Guadalajara-2011, o boxe brasileiro ganhou sete medalhas, sendo duas de prata e cinco de bronze. Roseli Feitosa, Everton Lopes e Yamaguchi Falcão, todos medalhistas no Pan passado, já abandonaram o boxe amador. Robson, Myke e Robenilson não vão a Toronto, ficando com Julião Neto a oportunidade de repetir o pódio.

Pontos moeda