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Mo Farah rejeita mudar de técnico após acusação de doping contra Salazar

Redação Folha Vitória

Londres - Dono de duas medalhas de ouro olímpicas e um dos maiores nomes do atletismo na atualidade, o britânico Mo Farah rejeitou, neste sábado, trocar de treinador depois de o seu técnico, o cubano Alberto Salazar, ser acusado por um documentário da BBC de comandar um esquema de doping nos Estados Unidos. O fundista, entretanto, demonstrou preocupação com a situação.

"Eu estou realmente bravo. Não é correto ou justo. Eu nunca fiz nada errado, mas meu nome está sendo levado para a lama. Eu preciso saber o que está acontecendo. É verdade ou não? Se for provado que é verdade, eu vou ser o primeiro a deixar ele", disse Farah, neste sábado, antes de participar da etapa de Birmingham (Inglaterra) da Diamond League.

As acusações contra Salazar foram feitas pela BBC britânica, em reportagem em conjunto com a associação de jornalismo ProPublica, e exibidas na última quarta-feira. Salazar, nascido em Cuba mas tricampeão da Maratona de Nova York defendendo os Estados Unidos, teria comandado um esquema para burlar a legislação antidoping no Nike Oregon Project, nos Estados Unidos.

O denunciante é Steve Magness, braço direito de Salazar no projeto até 2012, que teria relatado à Agência Antidoping dos EUA (USADA) que o treinador deu substâncias dopantes ao norte-americano Galen Rupp, em 2002, quando ele tinha 16 anos. Rupp ganhou a prata nos 10.000m em Londres, perdendo apenas de Farah. Tal crime é passível de banimento do esporte.

Salazar não falou com o documentário da BBC, mas afirmou, em comunicado, que a reportagem cometeu erro ao confundir o medicamento Testoboos com testosterona e negou as acusações. A BBC afirma não ter encontrado nenhuma relação de Mo Farah com doping, motivo pelo qual a Federação Britânica de Atletismo (UK Athletics) afirma que não tem nenhuma preocupação com a conduta de Salazar com Farah.

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