Esportes

Muralha alemã do vôlei de praia diz que vencer brasileiras em casa foi 'incrível'

Redação Folha Vitória

Rio -

Poucos minutos depois de subir ao lugar mais alto do pódio pelo vôlei de praia, a alemã Kira Walkenhorst desfilava com a medalha de ouro pelo calçadão de Copacabana como uma simples mortal. Já era madrugada - a final contra Ágatha e Bárbara começou à meia-noite - quando a jogadora fazia festa do lado de fora da arena com amigos e parentes. Segundo ela, eles esperavam a parceira Laura Ludwig para partirem para uma festa de comemoração.

Bem mais discreta que a loirinha Ludwig, que sai da olimpíada coroada com o título de Miss Simpatia do torneio, Kira teve uma atuação irretocável na partida. Ajudada pelo vento que dificultou os passes das brasileiras, a alemã de 1,85m atuou como uma verdadeira muralha na quadra alemã. Ali, não passava nada. Ao todo, foram sete pontos de bloqueio marcados por ela. Na véspera, contra Larissa e Talita, o desempenho da jogadora não havia chamado tanta atenção diante dos mergulhos de Ludwig para resgatar bolas quase perdidas.

"Hoje estava ventando, todos estavam muito nervosos e eu queria muito ganhar essa partida, jogar bem. Jogamos ponto a ponto e tudo funcionou bem. A ficha só caiu agora", contou.

Para a jogadora, ter vencido as duas duplas brasileiras em casa não tem preço. "É incrível. Há muitas duplas fortes e sem dúvida as brasileiras estão entre os times top. Sabíamos que se fizéssemos o melhor poderíamos superar as adversárias. Mas foi demais jogar aqui com essa torcida gritando tão alto e empurrando o time brasileiro", reconheceu.

Kira disse que não para de ouvir comparações com o 7 a 1 do futebol na Copa do Mundo de 2014. "Realmente os brasileiros falam muito do que aconteceu dois anos atrás. Na verdade não me importa. O que importa é que ganhamos o jogo e temos a medalha de ouro agora", disse, enquanto parava para fazer fotos com os torcedores notívagos que ainda circulavam pela madrugada na praia de Copacabana.

Pontos moeda