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Rio-2016 promete reforçar segurança em Deodoro após projétil achado em estábulo

Redação Folha Vitória

Rio -

O Comitê Rio-2016 promete que vai reforçar a segurança no Parque Olímpico de Deodoro, na zona oeste do Rio de Janeiro, depois de um projétil ser encontrado por um soldado dentro de um estábulo do Centro de Hipismo, nesta quarta-feira. O Parque, segundo que concentra mais provas da Olimpíada, só atrás da Barra da Tijuca, fica dentro de uma área militar onde estão 31 quartéis.

A tese do responsável pela segurança em Deodoro, general Luis Eduardo Ramos Batista Pereira, comandante da primeira divisão do Exército, é que a bala tenha chegado até lá após uma troca de tiros entre policiais militares e traficantes da comunidade Minha Deusa, a uma distância de 2km de lá.

"O nosso soldado foi quem achou perto dos estábulos esse projétil. Estava em perfeito estado, então ele veio como uma pedra caindo. Veio de longe, caiu do céu. É perigoso? Lógico, não importa. A gente está fazendo uma ilação de que houve trocas de tiros quando houve a operação da polícia", explicou, em entrevista no Centro de Hipismo.

Os policiais foram até o Minha Deusa nesta quarta-feira como uma resposta a outro projétil que acertou a instalação, no sábado. Na ocasião, uma bala perfurou a lona da estrutura montada para servir de centro de mídia do Centro de Hipismo. As investigações apontaram que os tiros miravam o dirigível que faz imagens aéreas do Parque.

Os dois incidentes acontecem em uma instalação que concentra grande número de jornalistas estrangeiros. Muitos estão assustados pelos recorrentes barulhos de tiro. O general foi até lá para acalmá-los, explicando que, por ser uma área militar, há treinos de tiros regularmente.

Dutra também garantiu que o local é seguro. Ainda assim, reforçou a segurança. "Eu sou general responsável por Deodoro. Na minha área estou reforçando o planejamento. Eu queria dizer que criei minha família aqui. A Vila Militar é segura. Onde vocês (jornalistas) estão é seguro. Pode caminhar aqui às 2h da manhã que você está seguro. Tanto aqui quanto no caminho pela Transolímpica", garantiu.

Com relação ao ônibus de imprensa que foi alvejado na noite de terça-feira na via expressa construída para os Jogos, o general disse que se trataram de pedras jogadas por moradores da região do entorno da Transolímpica - versão rebatida por jornalistas que estavam dentro do veículo.

"Eu pessoalmente fui na Transolímpica na noite do primeiro incidente. São áreas pontuais. São jovens, com intenções errôneas, jogando pedra nos ônibus. Aumentamos ainda mais a segurança, junto com PM, a inteligência. Estamos usando drones. Foram feitas reuniões com líderes locais. Todas as medidas possíveis estão sendo tomadas."

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